A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de autorizar a operação da Polícia Federal contra empresários teria sido tomada com base apenas em uma reportagem, segundo a Folha de S. Paulo.
De acordo com o jornal, Moraes não pediu nenhuma outra diligência preliminar antes de autorizar os mandados de busca e apreensão na casa dos aliados de Jair Bolsonaro (PL).
O ministro teria levado em conta as citações aos atos de 7 de setembro, convocados pelo presidente, que aparecem nas trocas de mensagens.
A ação da PF tem como alvos: Luciano Hang (Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), José Koury (Barra World Shopping), Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Ivan Wrobel (Construtora W3) e Marco Aurélio Raimundo (Mormai)
As mensagens, trocadas naturalmente em um grupo privado, foram reveladas inicialmente pelo portal “Metrópoles” e mostram diálogos normais entre pessoas que externam opiniões diversas em conversas com amigos, sem, no entanto, fazer manifestação púbica de seus pensamentos.
Segundo a Folha, pessoas que participam da apuração entendem que, se a atuação dos empresários para organizar ou financiar “atos antidemocráticos” ficar comprovada, aqui é importante saber se manifestação de pensamento pode assim ser considera, eles podem ser associados ao inquérito das milícias digitais. O pedido de ação contra os empresários está no mesmo âmbito da investigação.
De acordo com o jornal, as medidas de teor mais invasivo foram tomadas pelo entendimento de que havia necessidade de agir com rapidez.