A campanha Setembro Amarelo de 2024 tem como lema “Se precisar, peça ajuda!” e visa ampliar a conscientização sobre saúde mental e prevenção do suicídio.
O Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Rede Ebserh, está realizando diversas ações durante o mês para reforçar a importância da informação, escuta e tratamento para pessoas em sofrimento psíquico.
No dia 26 de setembro, o HU-Univasf promoverá uma palestra para seus colaboradores com o tema “Valorização da vida: estratégias de prevenção e acolhimento”, conduzida pela psiquiatra Neyryanne Araújo.
Este evento faz parte da programação do hospital para o Setembro Amarelo e destaca o compromisso da instituição com a saúde mental e o bem-estar de seus funcionários.
Além disso, no dia 13 de setembro, o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HU realizou uma capacitação intitulada “Uma atualização em violência interpessoal/autoprovocada”. O objetivo foi aprimorar a qualificação dos profissionais para lidar com situações relacionadas à violência e ao suicídio, promovendo prevenção e acolhimento adequado.
A campanha ganha relevância considerando o aumento alarmante das taxas de mortalidade entre jovens. Entre 2016 e 2021, a taxa de mortalidade para adolescentes de 15 a 19 anos cresceu 49,3%, e entre 10 e 14 anos aumentou 45%, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde indica que o suicídio supera outras causas de morte, como malária e câncer de mama.
Ações como o Setembro Amarelo são essenciais para a prevenção do suicídio. Iniciativas de sensibilização e diálogo ajudam a identificar sinais de sofrimento e oferecem suporte necessário. Pessoas em crise podem buscar ajuda através do Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188, além de contar com profissionais de saúde mental em unidades de saúde e hospitais.
No HU-Univasf, mesmo sem leitos específicos para saúde mental, pacientes que desejam suicídio recebem atendimento para os traumas decorrentes. A unidade também possui um protocolo que orienta a equipe sobre como lidar com casos de sofrimento psíquico.
O aumento das taxas de suicídio entre jovens é preocupante. Entre 2011 e 2022, o Brasil viu uma taxa de suicídio crescente de 6% ao ano entre jovens, com transtornos de humor, uso de substâncias e esquizofrenia frequentemente associados ao comportamento suicida.
Todos esses transtornos têm tratamento, e com maior conscientização e intervenção precoce, é possível prevenir o suicídio. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) para atender pessoas com sofrimento psíquico, garantindo um cuidado integral.
O ambiente de trabalho também merece atenção. Um ambiente laboral saudável é crucial para prevenir o adoecimento emocional e apoiar a saúde mental dos colaboradores.