Em crise financeira, Hospital de Câncer de Pernambuco pede ajuda para evitar suspensão de atividades médicas

Profissionais de saúde continuam a oferecer atendimento à população no Hospital de Câncer de Pernambuco. (Foto: Jailton Jr./JC Imagem)

Aos 77 anos, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em Santo Amaro, área central do Recife, passa por mais um momento de crise. Agora, sem pagar o percentual de 20% de incentivo aos médicos cirurgiões (que deveria ser acrescido ao salário), a instituição trabalha para evitar que esses profissionais de saúde interrompam as atividades no dia 8 de março.

Uma situação bem parecida foi vivenciada pelo HCP também em 2007. Naquele ano, médicos e enfermeiros do hospital entraram em greve por melhores condições de trabalho e pagamento de quatro meses de salários. Eles chegaram a se reunir com o então governador Eduardo Campos para fazer reivindicações.

O apelo agora se repete para evitar que médicos façam greve a partir do próximo mês. A nova superintendência pede ajuda para salvar o Hospital de Câncer de Pernambuco, que acumula uma dívida com médicos de R$ 12 milhões, em valores não corrigidos. Além disso, a instituição não conseguiu pagar o salário do mês de janeiro ainda aos funcionários.

Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o hospital subtraiu 16% do salário dos médicos, sem sequer uma justificativa legal, ao longo dos últimos sete anos.

Para impedir a suspensão do trabalho dos médicos no próximo dia 8 de março, o superintendente geral do HCP, o executivo em saúde Sidney Batista Neves, conta que está numa “relação próxima com o Simepe e conversando bastante para se chegar a um consenso antes desse prazo (o da paralisação)”.

O superintendente geral ainda reforça que a “população fique tranquila”, pois a gestão do hospital tem trabalhado para que a greve não ocorra.

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