Com os casos de dengue em alta no Estado, setores econômicos podem perder R$ 84,5 milhões até o fim deste ano

(Foto: AFP Photo)

A incidência crescente de casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Pernambuco está gerando um impacto significativo nas operações das indústrias do estado.

De acordo com um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), até a 15ª semana de abril, o prejuízo financeiro já atingia a marca de R$ 35,5 milhões.

Segundo o economista da FIEPE, Cézar Andrade, o aumento dos casos de arboviroses tem sido uma preocupação constante para as indústrias, afetando desde o absenteísmo devido às licenças médicas até a redução da eficiência do trabalho devido aos sintomas das doenças.

Os empresários foram consultados sobre os principais impactos em suas indústrias, revelando que 45,56% citaram a queda na produção, 34,44% precisaram realocar pessoal, e 15,56% tiveram que pagar horas extras para compensar o afastamento dos colaboradores. Apenas 4,44% relataram a necessidade de novas contratações.

A sondagem também revelou que o absenteísmo atingiu 8,34%, com uma perda de produção média de R$ 2.012,71 por trabalhador afastado por arbovirose, considerando um afastamento médio de sete dias. Quase 73% dos empresários entrevistados informaram que tiveram empregados afetados por alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti.

Diante desse panorama, Fernanda Guerra, diretora de Saúde e Segurança da Indústria do SESI-PE, alerta para a importância do diagnóstico precoce das arboviroses e destaca os serviços oferecidos pelo SESI-PE, como exames de diagnóstico e um canal de telemedicina para assistência e orientações em saúde especializada para os trabalhadores da indústria e seus dependentes.

As empresas afetadas pela situação são predominantemente micro (24,32%) e pequenas (32,43%), seguidas por médias (27,03%) e grandes indústrias (16,22%), conforme critérios de número de funcionários e faturamento.

Deixe um comentário