Alckmin se encontra com Papa Leão XIV e entrega convite

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), foi ao Vaticano neste domingo, 18, e se encontrou com o Papa Leão XIV. Católico, o brasileiro beijou a mão do Pontífice ao cumprimentá-lo e entregou uma carta. O documento em questão é um convite, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que o Papa Leão XIV compareça à Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, a ser realizada em novembro na cidade de Belém do Pará.

Alckmin também entregou ao Pontífice uma camisa do Santos Futebol Clube, time do coração do vice-presidente. “Afinal, o peixe é um símbolo cristão e um símbolo campeão”, brincou ele nas redes sociais, em relação ao mascote santista. Em Roma, Alckmin chegou acompanhado de sua esposa, Lu Alckmin, e do embaixador do Brasil no Vaticano, Everton Vieira Vargas. Ele também se encontrou com cardeais brasileiros e com o arcebispo Paul Richard Gallagher, que cuida das relações internacionais da Santa Sé.

Missa inaugural
Durante a missa inaugural, realizada na Praça de São Pedro, o Papa Leão XIV fez um discurso que condenou o sistema econômico que, segundo ele, explora os recursos da Terra e marginaliza os pobres.

“Quero uma Igreja unida, que seja fermento para um mundo reconciliado. Ainda vemos demasiado dano e discórdia causadas pelo ódio por um paradigma humano que explora os recursos da terra e marginaliza os pobres”, apontou o Pontífice.“Dentro dessa massa, queremos ser um pequeno fermento de esperança e de unidade. Olhai para Cristo, aproximem-se dele. Escutem a palavra de amor para que se torne sua única família”, acrescentou o Papa Leão XIV.

A Tarde

Em missa inaugural, papa Leão 14 destaca o amor e a caridade: “Amar como fez Jesus”

Na homilia que marcou o início oficial do ministério como líder da Igreja Católica, o papa Leão XIV destacou a importância da unidade entre os cristãos e do exercício da caridade como fundamento da missão pastoral. Durante a missa celebrada na manhã deste domingo (18), na Praça de São Pedro, no Vaticano, o pontífice afirmou que assume o novo cargo “sem qualquer mérito e com temor e tremor”, comprometido em “servir à fé e à alegria” do povo de Deus.

Referindo-se à morte de seu antecessor, o papa Francisco, Leão XIV reconheceu o sentimento de perda, mas reforçou a confiança na ação divina. “O Senhor nunca abandona o seu povo, mas congrega-o quando se dispersa e guarda-o.” A reflexão do novo papa foi inspirada no Evangelho de João, no qual Jesus confia a Pedro o cuidado do rebanho. Segundo Leão XIV, essa missão só é possível “quando se conhece e se experimenta o amor de Deus, que nunca falha”.

Ele ressaltou que a autoridade na Igreja deve ser vivida como um ato de amor, e não como domínio: “Não se trata nunca de capturar os outros com a prepotência, mas de amar como fez Jesus”. O papa também fez menção aos desafios contemporâneos — como a violência, os preconceitos e a exclusão social — e disse que a Igreja deve ser “um pequeno fermento de unidade, de comunhão, de fraternidade”.

Metrópoles