Deputada quer proibir participação de atletas trans em competições

A deputada federal Missionária Michele Collins (PP-PE) protocolou na segunda-feira (19/8) um Projeto de Lei que proíbe a participação de atletas transexuais em competições esportivas apoiadas pelo Poder Público.

De acordo com o texto da deputada, o pedido envolveria atletas “cujo gênero seja identificado em contrariedade ao sexo biológico de seu nascimento” e seria em competições com participação direta e indireta do Poder Público.

O PL 3218/2024 prevê ainda multa para organizadoras dos eventos que descumprirem a lei, entre R$ 10 mil e R$ 100 mil, a depender das circunstâncias da infração e das condições financeiras do infrator. Na justificativa do projeto, a deputada destacou que o objetivo é ” garantir às mulheres a possibilidade de competir em igualdade de condições com outras mulheres nas competições esportivas”.

“Recentemente temos visto as competições sendo realizadas com a participação de pessoas trans, a exemplo de homens que se sentem mulheres em equipes femininas, uma desvantagem quando consideramos o aspecto fisiológico”, argumentou a deputada.

Ao final do texto, Michele Collins salientou que o texto “não tem o objetivo de afrontar os movimentos LGBTI+” e que busca “resguardar as mulheres, visto que todas as atletas biologicamente do sexo feminino devem competir em status de igualdade”.

Diário de Pernambuco

2º edição do Concurso Beleza Transgênero encerra o Mês do Orgulho LGBT em Juazeiro

Respeito, diversidade e resistência foram palavras de ordem na 2ª edição do Concurso Beleza Transgênero (transexuais e travestis), realizado na noite deste sábado (29), na Praça Barão do Rio Branco, em Juazeiro. O evento, promovido pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes), marcou o encerramento da programação do “Junho do Orgulho LGBT” no município.

A ação teve entre seus objetivos afirmar a diferença e valorizar a diversidade, fortalecer a autoestima individual e coletiva dos participantes e da comunidade LGBTQIAPN+, combater o preconceito e a homotransfobia. “Estamos na 2ª edição do Beleza Trans e isso só demonstra que a gestão da prefeita Suzana Ramos vem construindo um espaço sólido, pautado no respeito e na liberdade de gênero. Precisamos dar visibilidade às pessoas trans diante da sociedade e assegurar os seus direitos. A soma desse evento às outras ações desenvolvidas nos equipamentos da assistência social só potencializa a importância de uma Juazeiro sem preconceito e por mais respeito e oportunidade”, pontuou a secretária de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade, Nadja Dias.

Responsável pela Diretoria de Diversidade da Sedes, Andrey Antony reforçou os objetivos do concurso. “Vivemos em um momento muito importante para o público trans de Juazeiro, porque celebramos os corpos de pessoas que, geralmente, são relegadas às periferias, à violência e ao estigma. Propomos um novo modelo de sociedade em que a diversidade é valorizada e para que essa diversidade e o pluralismo sejam o novo normal. Então, esse concurso tem o objetivo claro de fazer com que as pessoas se sintam valorizadas e aplaudidas”, frisou Andrey, que estava acompanhado da superintendente de Políticas Sociais da Sedes, Janileide Pereira, e da equipe da Diretoria de Diversidade.

Premiados

No concurso, além do desfile em traje de gala, cada participante fez um desfile de causa, com elementos e intervenções de promoção do movimento transgênero, e um desfile de gala. Os candidatos foram avaliados de acordo com os critérios de elegância, domínio da passarela, comunicação corporal, originalidade, conteúdo simbólico do estilo de causa e figurino de traje de gala.

Os vencedores receberam os prêmios de R$ 2 mil, R$ 1,5 mil e R$ 1 mil, respectivamente, nas categorias masculina e feminina, além de coroa e faixa. Eleita a Beleza Transgênero, a mulher trans, Munisa Maciel Leal, falou da emoção de receber o prêmio. “O concurso, mais uma vez, abriu as portas para nós, mulheres trans. É uma causa muito importante. Ainda é muito difícil ser trans. Nós trabalhamos dia após e dia e conseguir prêmio foi uma conquista muito grande e eu sou muito grata às pessoas que estiveram comigo nesse momento. Quero dizer também a todas as pessoas transexuais que não desistam dos seus sonhos”. O segundo lugar na categoria feminina ficou com Isabela Jasminy e o terceiro prêmio foi para Jade Sereia.

Para Ary Guilherme, vencedor na categoria masculina, o concurso reforça a autoestima dos participantes. “Esse concurso representa resistência e força. Por muito tempo eu tive a minha autoestima roubada de mim e participar e ganhar esse concurso acendeu algo em mim que estava apagado. Eu não esperava por esse resultado, mas me surpreendi comigo mesmo”. O segundo colocado na categoria foi Kellvin Willian e o terceiro, Victor Israel.

Além do desfile, o evento contou com as apresentações de Moon Boy e DJ Ella.

 

Eneida Trindade/Ascom Sedes

Fotos: Ayrton Latapiat/Ascom

Rússia inclui movimento LGBT em lista de ”terroristas e extremistas”

O movimento LGBT foi incluído pela Rússia em uma lista de pessoas e entidades “terroristas e extremistas”, de acordo com uma nota do serviço de inteligência financeira do país.

Administrada pela agência Rosfinmonitoring, que tem poder se congelar contas bancárias de grupos designados extremistas ou terroristas, a lista contém 14 mil nomes de pessoas e entidades. Alguns dos citados são o grupo terrorista Al-Qaeda, a empresa norte-americana Meta, e apoiadores do líder oposicionista Alexei Navlany, morto em fevereiro em uma prisão russa.

A inclusão do movimento LGBT à lista ocorre após a Suprema Corte russa considerar o movimento internacional “extremista” e tornar ilegal o ativismo LGBTQIA+ no país, em novembro do ano passado. Desde o início da guerra contra a Ucrânia, em 2022, as autoridades da Rússia reprimem de forma crescente as minorias sexuais.

Na quarta-feira (20/3), autoridades anunciaram a prisão preventiva de donos de um bar na região de Urais por “extremismo LGBTQIA “. Eles enfrentam uma pena que pode chegar até 10 anos de prisão. A acusação diz que “durante a investigação, foi descoberto que os acusados, pessoas com uma orientação sexual não tradicional (…) também apoiam as opiniões e atividades da associação pública internacional LGBT, proibida em nosso país”.

Desde 2013, uma lei russa proíbe a “propaganda de relações sexuais não tradicionais” entre menores. Em 2022, a legislação foi ampliada para proibir qualquer forma de “propaganda” LGBTQIA na mídia, internet, livros e filmes.

AFP e Correio Braziliense.

Juazeiro: Público LGBTQIAP+ ganha visibilidade com realização do 1° Concurso de beleza transexual, travesti, transgênero e não-binário de Juazeiro

O 1° Concurso de Beleza transexual, travesti, transgênero e não-binário  de Juazeiro foi realizado neste sábado pela prefeitura , através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes). O evento promoveu o fortalecimento da autoestima da comunidade LGBTQIAP+ e deu visibilidade às causas desta população.

O concurso iniciou com o desfile de causa, em que os/as participantes puderam expressar suas conquistas e conflitos. Foram muitas as causas levantadas como a violência sofrida pela população LGBTQIAP+, o não reconhecimento por parte da sociedade e da família, a invisibilidade deste público no ambiente profissional, entre tantos outros temas.

O 1° Concurso de Beleza transexual, travesti, transgênero e não-binário organizado pela Diretoria de Diversidade da Sedes, foi acompanhado pela prefeita Suzana Ramos, pelo secretário da Sedes, Fernando Costa, e pela superintendente de Políticas Sociais da Sedes, Janileide Pereira. “O concurso de beleza trans é mais uma ação pioneira da nossa gestão, que entende e respeita a todos. Presenciamos aqui um ambiente familiar e ouvimos depoimentos de discriminação que nos emociona, nos entristece bastante e nos dá forças para seguir trabalhando para fazer ainda mais por esta população que precisa e quer ser entendida e respeitada”, ressaltou a prefeita Suzana Ramos.

Participaram do 1° Concurso de Beleza transexual, travesti, transgênero e não-binário, 13 pessoas, sendo 8 mulheres e 5 homens. “Um evento como este é para ser acompanhado por todos da sociedade. Estamos mostrando que esta gestão em que estamos é para todos e todas. Estamos de portas abertas para este público que, muitas vezes, é marginalizado, não é respeitado na nossa sociedade e estamos aqui para chamar a atenção para estas pessoas que merecem respeito”, destacou o secretário Fernando Costa.

As causas, conflitos e conquistas postas ao público emocionaram todos que estavam assistindo. Ana Vera é do movimento “Mães da Resistência” é mãe de um menino trans e não conteve as lágrimas durante o desfile. “A gente luta por estes direitos porque uma pessoa trans não nasce com 18 anos de idade. A gente luta desde criança, porque as crianças trans e os adolescentes trans existem e têm que ter o direito de existir e viver em todos os espaços. Esse é um lugar de visibilidade. Um movimento como este, certamente, potencializa, visibiliza e dá nome a estas pessoas”, disse Ana Vera.

Vencedores

Foi difícil para os jurados escolherem os/as melhores candidatos/candidatas já que todos/todas expressaram suas causas e distribuíram glamour e elegância pela passarela. Na modalidade masculina, o terceiro lugar ficou com Júnior Tainã. A segunda colocação foi para Jorge Lorenzo. O grande campeão da modalidade masculina foi Kauê Ryan. “É uma sensação maravilhosa. É muito importante para essa visibilidade que a gente não tem. Eu não pensava muito em primeiro lugar, vim para representar a todos, mas fiquei muito honrado por estar ganhando em primeiro lugar”, declarou Kauê.

Na modalidade feminina a terceira colocada foi Bianka Bezerra. A segunda colocação ficou com Messis Fernandes. A grande campeã do 1° Concurso de Beleza transexual, travesti, transgênero e não-binário de Juazeiro foi Valéria Macedo. “Muito obrigada a todos pelo esforço, à Prefeitura de Juazeiro pelo evento. Apesar da correria para participar e muita coisa dando errado, deu certo no final. A ficha ainda não caiu”, disse a vencedora.

 

Texto: Amanda Franco – Ascom Sedes

Fotos: Luan Medrado e Edinazio Dias

Juazeiro abre inscrições para 1º Concurso Beleza transexual, travesti, transgênero e não-binário

Maio é o mês da diversidade e em Juazeiro, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes) lançou o edital do 1º Concurso Beleza transexual, travesti, transgênero e não-binário. O evento tem o objetivo de fortalecer a autoestima individual e coletiva dos participantes.

O concurso será realizado no dia 3 de junho e podem se inscrever pessoas auto identificadas como transexuais, travestis, transgêneros(as) e/ou não-binários(as). Menores de idade precisam de autorização dos pais e/ou responsáveis. A inscrição é gratuita e deve ser realizada pelo formulário on-line até o dia 25 de maio.

Ministério dos Direitos Humanos restabelece conselho LGBTQIA+

Quatro anos após ser extinto pelo governo anterior, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania criou o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras, o CNLGBTQIA+.

A medida está publicada no Diário Oficial da União e prevê a participação de representantes de 19 órgãos públicos e de 19 organizações da sociedade civil. Todos vão atuar de forma voluntária, sem remuneração.

A presidente da Associação Maranhense de Travestis e Transexuais, Andressa Dutra, enxerga a criação do conselho como importante para a fiscalização e representação da comunidade. “A gente sofre atualmente ataques contra a dignidade da população LGBT. você leva ao poder público as nossas inquietações, nossos anseios, e de que forma a gente quer que o estado nos olhe, e que as politicas públicas sejam implantadas. Acredito demais, não só na importância, mas nesse poder de dar resposta para comunidade LGBT no que tange as nossas políticas publicas”.

O decreto que cria a entidade define atribuições como colaborar na elaboração de políticas públicas para essa comunidade; propor formas de avaliar e monitorar as ações voltadas às pessoas LGBTQIA+; acompanhar propostas no legislativo sobre o assunto; promover estudos, debates e pesquisas sobre a temática de direitos e a inclusão das pessoas LGBTQIA+; entre outras.

Além do quadro do conselho nacional LGBTQIA+, também vão participar de forma permanente, representantes de outros órgãos e entidades, mas sem direito a voto. O conselho deve se reunir a cada três meses, mas outros encontros podem ser convocados de forma extraordinária.

Fonte – Agência Brasil