Brasileiro é deportado por Trump após 35 anos vivendo nos EUA

Entre os 158 deportados que chegaram neste sábado, 25, ao Brasil, enviados pelo governo dos Estados Unidos, 88 são brasileiros e muitos viviam no país governado por Donald Trump há décadas, mesmo em situação irregular.

Com o início da deportação em massa, promessa de campanha de Trump, eles agora enfrentam a realidade de reconstruir a vida em seu país natal. É o caso de Sinval de Oliveira, de 51 anos, que voltou ao Brasil depois de 35 anos morando nos EUA.

O voo com os deportados estava previsto para pousar no Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte (MG). A aeronave parou para reabastecer no Aeroporto Internacional de Manaus (AM) e, devido a problemas técnicos, não conseguiu seguir para BH.

“Morava no Estados Unidos há 35 anos e chegamos aqui com esse incidente. Rapidamente, recebemos toda a assistência e tenho só a agradecer a todos da equipe do Corpo de Bombeiros e de Direitos Humanos”, disse Sinval de Oliveira.

Voos com brasileiros deportados dos Estados Unidos ocorrem desde 2017, durante o governo Temer. Eles chegam ao Brasil uma ou duas vezes por mês, no máximo, sempre às sextas-feiras. O governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus prestaram ajuda aos passageiros. Foram distribuídos para os brasileiros colchões, atendimento médico, alimentação e água.

A Tarde

Avião com deportados dos EUA chega ao Brasil; voo já estava previsto antes da nova era Trump

Um avião com 88 imigrantes brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou a Manaus, no Amazonas, na sexta-feira (24). A aeronave tinha como destino final o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, mas, devido a problemas técnicos, foi cancelado.

O voo de deportação para o Brasil, embora seja o primeiro desde que Donald Trump assumiu impondo políticas mais rígidas contra imigração, é parte de um processo que vinha correndo antes da posse do republicano, durante a administração Joe Biden.

Fontes do Itamaraty destacaram que o País tem recebido voos como esse desde 2017, quando firmou um entendimento com os Estados Unidos sobre as deportações. O objetivo era reduzir o tempo que os brasileiros ficam detidos nos EUA por problemas com a imigração.

As deportações só ocorrem quando o caso é inapelável, ou seja, quando não cabe mais recurso para o imigrante. Por isso, o entendimento dentro do governo brasileiro é que o voo não tem qualquer relação com a troca de comando na Casa Branca.

Por sua vez, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, publicou na sexta, nas redes sociais duas fotos com imigrantes sendo embarcados, sem dar mais detalhes de quantos eram nem para onde seriam levados. E declarou: “Os voos de deportação começaram”.

“O presidente Trump está enviando uma mensagem forte e clara ao mundo inteiro: se você entrar ilegalmente nos Estados Unidos da América, enfrentará consequências severas”, segue a publicação. Nesta semana, o governo americano anunciou que prendeu e deportou 538 imigrantes desde que Donald Trump voltou à presidência, com a promessa de realizar a maior deportação em massa da história americana.

Donald Trump tomou posse no começo da semana e assinou uma série de decretos para reprimir o que chama de “invasão” de imigrantes. O presidente declarou emergência na fronteira sul e enviou 1,5 mil militares para a divisa com o México, além dos mais de 2 mil que estavam lá para oferecer apoio logístico às autoridades migratórias. A

Diário de Pernambuco