Religiosos criticam citações a Deus na sessão da Câmara que votou impeachment

Religiosos criticaram citações de deputados

Religiosos criticaram citações de deputados

 

As referências à religião e a Deus nos discursos de parte dos deputados que decidiram no domingo (17), pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, incomodaram religiosos.  Em defesa da separação entre a fé e a representação política, líderes de várias entidades criticaram as citações e disseram que os posicionamentos violam o Estado laico.

Durante a justificativa de voto, os parlamentares usaram a palavra ‘Deus” 59 vezes, quase o mesmo número de vezes que a palavra corrupção, citada 65 vezes. Menções aos evangélicos aparecem dez vezes, enquanto a palavra “família” surgiu 136, de acordo com a transcrição dos discursos, no site da Câmara dos Deputados. A votação foi aberta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, evangélico, com os dizeres: “Que Deus esteja protegendo esta Nação”.

Para o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), composto pelas igrejas Evangélica de Confissão Luterana, Episcopal Anglicana do Brasil, Metodista e Católica, que havia se manifestado contra o impeachment, assim como a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ligada à Igreja Católica, as menções não surpreenderam. A presidenta da entidade, a pastora Romi Bencke, disse que as citações distorcem o sentido das religiões. “Não concordamos com essa relação complexa e complicada entre religião e política representativa”, afirmou.

Segundo Romi, uma das preocupações dos cristãos é com o uso da religião para justificar posicionamento em questões controversas. A fé, esclareceu, pode contribuir, com uma cultura de paz, com a promoção do diálogo e com o fortalecimento das diversidades. Porém, advertiu, “Tem uma faceta de perpetuar violência”, quando descontextualizada. “Infelizmente, vimos que os parlamentares que se pronunciaram em nome de Deus, ao longo do mandato, se manifestam contra mulheres, defendem a agenda do agronegócio e assim por diante. Nos preocupa bastante o fato de Deus ser invocado na defesa de pautas conservadoras – é ruim adjetivar, mas é a primeira palavra que me ocorre – e de serem colocadas citações bíblicas descontextualizadas. Não aceitamos isso e eu acho que é urgente refletir sobre o papel da religião na sociedade”.

O teólogo Leonardo Boff, que já foi sacerdote da Igreja Católica, expoente da Teologia da Libertação no Brasil e hoje é escritor, também criticou o discurso religioso dos parlamentares que, na sua opinião, colocaram em segundo plano os motivos para o pedido de impeachment, as pedaladas fiscais e a abertura de créditos suplementares pelo governo de Dilma.

Em seu blog na internet, Boff disse que os argumentos apresentados se assemelharam aos da campanha da sociedade que culminou com o golpe militar em 1964, quando as marchas da religião, da família e de Deus contra a corrupção surgiram. Ele destacou o papel de parlamentares da bancada evangélica que usaram o nome de Deus inadequadamente.

“Dezenas de parlamentares da bancada evangélica fizeram claramente discursos de tom religioso e invocando o nome de Deus. E todos, sem exceção, votaram pelo impedimento. Poucas vezes se ofendeu tanto o segundo mandamento da lei de Deus que proíbe usar o santo nome de Deus em vão”, afirmou. O teólogo também criticou aqueles que citaram suas famílias.

O Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, entidade que reúne representantes de várias religiões, o babalawó Ivanir dos Santos, comentou que os deputados transformaram o que deveria ser uma decisão política, neutra, em um ato messiânico. “As pessoas têm tentado fazer uma atuação messiânica, voltada a uma orientação religiosa, que não leva em conta a diversidade da sociedade, ao justificar ações no Congresso Nacional”, disse.

Ele alertou para os riscos de as convicções morais e religiosas, na política, serem usadas para atacar religiões com menos fiéis, como é o caso do candomblé e da umbanda.

 “Parte das pessoas que falaram em Deus e religião, e que agora ganham mais força, persegue religiões de matriz africana”, denunciou. “A nossa preocupação é com as casas irresponsavelmente associadas ao diabo e incendiadas, as de candomblé, e com a educação sobre a África e a cultura afro-brasileira, onde dizem que queremos ensinar macumba”.

Budistas

Os budistas acreditam que os deputados misturaram religião e interesses particulares. O líder do Templo Hoshoji, no Rio, o monge Jyunsho Yoshikawa, se disse incomodado e lembrou que os representantes deveriam ter mais cuidado. “Não foi agradável ouvir os discursos em nome de Deus, como se representassem Deus e como se Deus estivesse falando ou decidindo”, advertiu. “Religião e política não se misturam. Política envolve interesses pessoais”.

O monge afirmou que, como seres humanos, os políticos são “imperfeitos”, e lamentou que o Congresso seja uma pequena mostra disso .“É preciso olhar no espelho. Tudo que vimos é o que a sociedade é. Se teve citação despropositada de Deus, um xingando o outro de ‘bicha’, se teve cusparada ou defesa do regime militar é porque nossa sociedade é assim. Não adianta querer melhorar a política se nós não buscamos nos tornar pessoas melhores”, disse Jyunsho.

Da mesma forma pensam ateus e agnósticos, aqueles que não acreditam em Deus ou qualquer outra divindade. O presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, Daniel Sottomaior, também questionou a postura de deputados, evangélicos principalmente. Para ele, a falta de compreensão sobre um Estado Laico, neutro, fere a liberdade da população.

DA ABr

 

Em pronunciamento, Dilma diz que se sente ‘injustiçada’

"A mim se reserva um tratamento que não se reservou a ninguém".

“A mim se reserva um tratamento que não se reservou a ninguém”.

A  presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta segunda-feira, 18, que se sente “injustiçada” e “indignada” com a decisão da Câmara dos Deputados de aprovar a admissibilidade do processo de impeachment de seu mandato.

“Considero que esse processo não tem base de sustentação”, afirmou durante o seu primeiro pronunciamento à imprensa após a derrota da votação ontem na Câmara.

Dilma disse achar importante “insistir numa tecla só”, ao defender a legalidade da edição de decretos de suplementação orçamentária. “Os atos pelos quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes antes de mim e não se caracterizaram como ilegais ou criminosos”, disse, ressaltando que as decisões foram tomadas com base em relatórios técnicos. “A mim se reserva um tratamento que não se reservou a ninguém”.

A presidente voltou a dizer que a Constituição estipula que é necessário haver crime de responsabilidade para que um presidente seja afastado. Ela frisou que os atos assinados por ela não foram praticados para enriquecimento próprio. “Saio com a consciência tranquila de que os atos que pratiquei, não fiz baseado na ilegalidade”, reforçou.

Classe média já arca com a maior parte do Imposto de Renda  

Os estratos intermediários passaram a arcar com a maior fatia do IR

Os estratos intermediários passaram a arcar com a maior fatia do IR

As classes sociais mais abastadas costumavam responder pela maior fatia do Imposto de Renda pago no País. Afinal, por ser um tributo de natureza progressiva, faz sentido que quem ganhe mais também pague mais. Só que isso mudou em 2013, segundo o último dado divulgado pela Receita Federal e compilado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco Nacional). Com esse movimento, os estratos intermediários passaram a arcar com a maior fatia do IR.

Em 2013, os brasileiros com rendimento mensal acima de 20 salários mínimos responderam por 47,2% do tributo pago ao Fisco, enquanto as faixas entre dois e vinte salários foram responsáveis por 52,5%. Em 2007, quando tem início a série histórica da Receita, o retrato era bem diferente: os mais ricos respondiam por 60,3% e a classe média, 39,2%.

“Há uma fuga da tributação nas faixas superiores, com os contribuintes se transformando em pessoas jurídicas, ao mesmo tempo em que ocorre um acúmulo nas intermediárias devido, principalmente, à defasagem da tabela, mas também à formalização do mercado de trabalho no período”, explica Álvaro Luchiezi, gerente de estudos técnicos do Sindifisco Nacional.

Isso ocorre, segundo ele, porque os chamados PJs recebem a maior parte de seus rendimentos como lucros e dividendos, que são isentos de IR. Já a classe média é composta em grande parte por assalariados, que têm o imposto retido na fonte de acordo com a tabela progressiva – a qual acumula defasagem histórica de 72% ante a inflação.

Do Estadão Conteúdo

Dilma pode reverter impeachment, mas paga pela falta de diálogo, diz Costa

"O que nós colhemos foi resultado de seis anos onde o diálogo do executivo com o legislativo sofreu um déficit muito significativo"

“O que nós colhemos foi resultado de seis anos onde o diálogo do executivo com o legislativo sofreu um déficit muito significativo”

O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado, acredita que o governo tem chances de reverter a decisão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Mas admite que o PT errou em não fazer a reforma política e em não manter um diálogo com a base aliada no Congresso. No domingo (17), a Câmara votou pela continuidade do processo de impeachment de Dilma.

“O que nós colhemos foi resultado de seis anos onde o diálogo do executivo com o legislativo sofreu um déficit muito significativo. O modo de governar da presidente Dilma é um modo em que esse aspecto da conversa, do entendimento, da negociação não é aquilo em que ela sente mais prazer em fazer. Não dá para resolver um déficit de diálogo de seis anos em 15 dias. Nós temos parcela de culpa no que aconteceu”, disse o senador.

Além da falta de diálogo de Dilma com o Congresso, Costa admite uma falha dos governos petistas em não fazer reforma política. “Os governos do PT falharam profundamente em não ter feito as reformas políticas.  O PT não mudou aquilo que existia anteriormente em termos de cultura política da governabilidade, e de como se construir a governabilidade e a cultura política do financiamento das campanhas”, afirmou.

Costa acredita que houve um complô contra Dilma e o PT na Câmara e avalia que há chances de reverter o resultado no Senado. “Se nós não conseguirmos reverter na questão da admissibilidade [a primeira votação, em que o Senado decide se Dilma será afastada, antes do julgamento definitivo pelo impeachment], temos aí seis meses para fazer o julgamento, período no qual ficará absolutamente claro o complô que foi montado sob a inspiração do vice-presidente, o conspirador mor da República e do senhor Eduardo Cunha, um parlamentar sobre o qual já pairam processos no STF”, disse.

 

IBGE suspende concurso por falta de verba

 

Candidatos inscritos no concurso terão reembolso do valor pago na taxa de inscrição

Candidatos inscritos no concurso terão reembolso do valor pago na taxa de inscrição

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comunicou nesta segunda-feira (18) a suspensão de seu concurso público, que elegeria profissionais temporários para realizar o censo Agropecuário, bem como das atividades ligadas ao censo experimental. Motivo do cancelamento foi a redução do orçamento para a pesquisa, que pasou de R$ 330.800.000 no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) para R$ 266.856.444 na aprovação do congresso, em janeiro.

Ao todo, o certame oferecia 1409 vagas, entre as quais 223 vagas para analista censitário, 700 para agente censitário administrativo e 486 para agente censitário regional. Já os salários variavam entre R$ 1.560 e R$ 7.166.

De acordo com informações do órgão, candidatos inscritos no concurso terão reembolso do valor pago na taxa de inscrição (entre R$ 35 a R$ 120 dependendo do cargo). Os procedimentos para receber o dinheiro de volta serão informados pela banca organizadora do certame, a Cesgranrio.

Veja os cinco erros de português mais cometidos em concursos públicos

Dicas podem ajudar na hora de resolver uma prova de concurso

Dicas podem ajudar na hora de resolver uma prova de concurso

Para muitas pessoas quem vão fazer concurso, a prova de Português aparece como o verdadeiro bicho-de-sete-cabeças das seleções para concursos públicos.  Algumas vezes subestimada, a disciplina pode ser decisiva na hora de ser aprovado em um concurso bastante concorrido.

Estar atento à Gramática e ler as questões mais de uma vez podem ser dicas importantes durante a realização do exame.  Confira abaixo os 5 erros mais comuns cometidos na prova de Língua Portuguesa e fique atento para não cometê-los:

1) Interpretação de enunciados e textos
É fundamental que o candidato leia o texto com cuidado e preste atenção aos enunciados das questões com cuidado. Às vezes, há preocupação excessiva com o tempo pode tirar o foco de uma leitura concentrada durante a realização da prova.

Uma dica é sempre destacar os verbos de comando dos enunciados  a exemplo de ” compare”, “justifique”, assim como é fundamental grifar os textos que serão analisados.

2) Uso da crase
A crase é o motivo de confusão para muitas pessoas A fusão do artigo feminino “a” com a preposição “a” tem regras específicas de emprego. Antes de fazer a prova, consulte todos os usos da crase em uma Gramática bem recomendada pelos professores.

3) Ortografia
Se a banca quer for corrigir a redação for muito criteriosa,  é aqui ode o candidato pode ser eliminado. Ler jornais, revistas, livros e sites podem ser um bom caminho para evitar cometer erros de ortografia.

4) Emprego de pronomes
Este é um assunto recorrente em provas. Questões sobre pronomes frequentemente aparecem como “pegadinhas”. O concurseiro precisa tomar cuidado para não confundir as regras sobre colocação de pronomes oblíquos átonos, como “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o” e “a”. Revisar o emprego dos pronomes antes de fazer a seleção é uma dica importante para os concurseiros.

5) Onde x aonde
O uso oral de “onde” e “aonde” pode ser um armadilha para o candidato na hora de aplicar  o conhecimento na prova.“Onde” é empregado para ideia de algo fixo, que não tem movimento, como em “Onde você mora?”.

Já “aonde” acompanha verbos que dão ideia de movimento, de mudança, como em “Aonde você foi?”. Uma simples memorização que pode valer muitos pontos e colocações durante a seleção.

Do portal do Correio da Bahia

 

 

“É preciso o impeachment do atual modelo político”, diz Cristovam Buarque  

A solução, segundo o senador, é o surgimento de uma nova esquerda/Foto: Waldemir Barreto Agência Estado

A solução, segundo o senador, é o surgimento de uma nova esquerda/Foto: Waldemir Barreto Agência Estado

Pernambucano, nascido no Recife em 1944, mas com mandato pelo Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque (PPS) é um dos mais respeitados homens públicos do País. Ele foi ministro da Educação do primeiro governo Lula (PT), entre 2003 e 2004, e hoje é um dos maiores críticos do modelo político encabeçado pelo ex-presidente da República e executado pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Cristovam é uma das vozes que defendem o impeachment da presidente, mas enfatiza que a iniciativa pouco ajudará o País. “Com o impeachment ou com Dilma no governo, o Brasil vai ficar no mesmo rumo de uma crise profunda. Não tenho otimismo do que vai acontecer na história, política, econômica e social do Brasil nos próximos anos”, opinou.

Ninguém escapa às críticas de Cristovam. “A democracia entrou em crise porque os partidos não significam nada, o Congresso não funciona bem e o Executivo aparelhou o Estado. Há uma crise de modelo. Precisamos de um impeachment do modelo”, falou.

Para o senador, que já foi filiado ao PT, a esquerda brasileira sairá manchada após os últimos acontecimentos, que envolvem desde a Operação Lava Jato até o processo de impeachment de Dilma.

“A esquerda brasileira sai mais do que arranhada desses episódios. Ela está embaixo dos escombros criados pelo governo do PT”, diz.

A solução, segundo o senador, é o surgimento de uma nova esquerda. “Uma esquerda que entenda a estabilidade monetária como algo possível, que o fundamental não seja o estatal, mas o público, que ponha a educação como motor do progresso. Tenho a impressão que isso vai demorar, que vai ter que passar pela oposição para acontecer. O lugar de definir sonhos é a oposição e o de realizar é o governo”, declarou.

JC online

Andifes divulga nota pública sobre atuação de agentes do MPF

NOTA PÚBLICA

 A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – ANDIFES, em reunião de seu Conselho Pleno, realizada em 14/04/2016, considerando a atuação de alguns agentes do Ministério Público Federal que configura indevida ingerência na gestão das universidades federais, vem se pronunciar nos seguintes termos:

  1. A missão acadêmica da universidade em todo o mundo pressupõe liberdade de ensinar e de aprender, de pesquisar e de divulgar conhecimentos como instituição responsável por formação, pesquisa e inovação em permanente diálogo com a sociedade.
  2. Recomendações no sentido de que universidades públicas se abstenham de promover ou participar de atividades relativas ao atual processo político do país são incompatíveis com o exercício cotidiano da autonomia que a Constituição Federal e a LDB fixam e garantem às universidades brasileiras.
  3. A ANDIFES não aceita que as conquistas de liberdade acadêmica, de autonomia intelectual e de direitos civis sejam arbitrariamente suspensas.

Assim, a ANDIFES vem se dirigir à comunidade universitária de todo o país e à sociedade brasileira para manifestar solidariedade aos dirigentes e instâncias acadêmicas que têm sofrido tentativas de cerceamento à liberdade de expressão e à autonomia da gestão.

Da mesma forma, vem se dirigir ao Ministério Público, solicitando seu empenho para que atitudes restritivas dessa natureza sejam excluídas das práticas de controle da gestão pública, em nome das liberdades individuais e institucionais, do preceito constitucional da autonomia universitária e do diálogo produtivo entre as instituições do Estado e a sociedade.

Com informações do portal da UNIVASF

Câmara decide hoje futuro de Dilma

Após uma eventual aprovação do impeachment na Câmara, a presidente só será afastada do cargo se o Senado também decidir pela continuação do processo.

Após uma eventual aprovação do impeachment na Câmara, a presidente só será afastada do cargo se o Senado também decidir pela continuação do processo.

Pouco mais de quatro meses após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB/RJ), ter aceitado o pedido de impeachment da oposição contra a presidente Dilma Roussef(PT), o processo passará pela votação dos 513 deputados federais em sessão marcada para a tarde deste domingo (17) na Câmara dos Deputados.

O governo tenta, na reta final, conseguir os 172 votos para barrar o impedimento, enquanto a oposição joga suas fichas para chegar a 342 votos entre os 513 deputados.

Se houver 342 votos favoráveis (dois terços do total de deputados), a Câmara autoriza o Senado a abrir um processo de julgamento da presidente pelos supostos crimes de responsabilidade, tipo de infração política que pode levar ao impeachment.

Após uma eventual aprovação do impeachment na Câmara, a presidente só será afastada do cargo se o Senado também decidir pela continuação do processo. É preciso o voto de 41 dos 81 senadores (maioria simples). Seria, então, formada uma comissão de senadores para analisar o caso, num processo que poderá levar até 180 dias.

Do portal UOL

 

Humberto Costa diz que Dilma não pode ser afastada por uma gangue de ladrões

“Essa mulher, que não tem contra ela nenhuma denúncia, nenhum inquérito que a acuse de corrupção, está para ser julgada por aqueles que têm contra si as acusações mais escabrosas que existem”, disse Costa

“Essa mulher, que não tem contra ela nenhuma denúncia, nenhum inquérito que a acuse de corrupção, está para ser julgada por aqueles que têm contra si as acusações mais escabrosas que existem”, disse Costa

Em discurso na tribuna do Senado, o líder do Governo na Casa, Humberto Costa (PT-PE), atacou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que a Câmara dos Deputados decidirá pela abertura no próximo domingo.

Citando um artigo do jornal americano New York Times, Humberto Costa afirmou que “Dilma, que não roubou, está ameaçada de ser afastada do cargo onde chegou pelo voto por uma gangue de ladrões”.

“O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condutor do golpe contra Dilma, é réu no STF e investigado em uma série de denúncias, entre elas as que identificaram mais de 15 contas ilegais no exterior de que ele é titular”.

Humberto Costa disse que, nesta mesma sexta-feira (15), veio à tona uma delação premiada que aponta Eduardo Cunha como beneficiário de propina no valor de R$ 52 milhões pagos em 36 parcelas em contas no estrangeiro.

“Essa mulher, que não tem contra ela nenhuma denúncia, nenhum inquérito que a acuse de corrupção, está para ser julgada por aqueles que têm contra si as acusações mais escabrosas que existem”, disse Humberto Costa.

Governo propõe salário mínimo de R$ 946 para o próximo ano

Salário mínimo pode ter aumento de 7,5% no próximo ano

Salário mínimo pode ter aumento de 7,5% no próximo ano/ Foto: USP Imagens

O salário mínimo no próximo ano deve chegar a R$ 946, valor que consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, enviado nesta sexta-feira (15) pelo governo ao Congresso Nacional. Pela proposta, o salário mínimo terá aumento de 7,5% a partir de 1º de janeiro.

Desde 2011, o salário mínimo é reajustado pela inflação do ano anterior, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos antes. A fórmula valerá até 2019.

Pela proposta, o salário mínimo passará para R$ 1.002,70 em 2018 e R$ 1.067,40 em 2019. Os reajustes também seguem a fórmula estabelecida em lei.

Da ABr

Dunga se diz confiante para os jogos olímpicos

Dunga: "Na estréia você precisa vencer"

Dunga: “Na estréia você precisa vencer”

O técnico Dunga considerou “equilibrado” o grupo do Brasil na primeira fase dos Jogos Olímpicos do Rio. Logo após o sorteio, realizado na manhã desta quinta-feira, no Maracanã, o treinador disse que está confiante para a competição porque “pela primeira vez a seleção está desenvolvendo um trabalho longo” visando o ouro olímpico.

“Acho que todos os grupos são equilibrados, é uma competição que vai afunilando. Os jogadores nessa idade, no momento de pressão, às vezes têm um rendimento abaixo, em outras, um rendimento maior. Mas estou muito confiante”, afirmou o técnico.

Ele já avisou que contra a África do Sul, dia 4 de agosto, no Mané Garrincha, o Brasil terá que sair de campo vitorioso e, mais do que isso, com bom futebol. “Na estreia você precisa vencer, fazer um bom jogo para adquirir confiança dentro de campo e também para ter a torcida ao nosso lado”, ponderou.

Questionado sobre a presença de Neymar nos Jogos Olímpicos, o treinador preferiu uma resposta genérica. “A gente tem que conversar com vários clubes, não só aqueles com jogadores abaixo de 23 anos. A gente tem respeito muito grande e tem que buscar um entendimento”, declarou o técnico. “Estamos monitorando muitos jogadores, não só nos clubes, mas também tem acompanhamento na seleção.”

Estadão Conteúdo

 

Votação do impeachment começa com deputados do Norte; Nordeste fica por último

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mudou seu entendimento sobre a ordem de votação do processo de impeachment, o que gerou bate-boca no plenário. O primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), leu no início da tarde desta quinta-feira, 14, a decisão de que a votação se dará alternando Estados do Norte com Estados do Sul e, em seguida, o inverso. Com isso, os estados do Nordeste, onde o governo tem mais votos, continuam a se manifestar somente ao final da votação.

A sequência será a seguinte: RR, RS, SC, AP, PA, PR, MS, AM, RO, GO, DF, AC, TO, MT, SP, MA, CE, RJ, ES, PI, RN, MG, PB, PE, BA, SE e AL. Em cada Estado, será seguida a ordem alfabética dos nomes dos deputados.

A decisão gerou bate-boca no plenário. “Essa votação tem que começar dos Estados do Norte e seguir até o último Estado do Sul Qualquer coisa diferente desse método é mais uma manobra de Eduardo Cunha. Ele tenta induzir o plenário desta Casa com mais uma manobra”, disse Orlando Silva (PCdoB-SP).

 “Está claro o regimento. O PT espalha todo dia que tem 200 votos Se tem 200 votos, por que está com medo? O regimento é claro. A decisão tomada pelo presidente Eduardo Cunha está correta. Não há dúvida. O resto é esperneio, desespero do Partido dos Trabalhadores”, disse Mendonça Filho (DEM-PE).

Cunha pretendia começar a votação pelos Estados do Sul, cujos deputados são majoritariamente favoráveis ao impeachment. O PT, no entanto, apresentou ontem uma questão de ordem questionando o procedimento.

Estadão Conteúdo

Educação não pode se ‘subordinar’ à crise política, diz Mercadante

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reclamou que, em função do “momento turbulento que estamos vivendo”, informações sobre educação estão custando a chegar aos estudantes – foi por isso, também, que resolveu conceder com antecedência a coletiva de imprensa para dar detalhes do edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesta quinta-feira (14) “A educação não pode se subordinar a uma crise política. Países como a Alemanha, mesmo destruídos na guerra, não pararam sua educação, conseguiram se reconstruir e são a potência que são”, disse. Neste ano, a prova será aplicada em 5 e 6 de novembro.

Ele afirmou que “não há chance” de o cronograma do Enem ser alterado, aconteça o que acontecer no domingo(17) quando o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a quem é ligado, será votado na Câmara dos Deputados.

“O Enem vai acontecer. Os meninos (que concluem o ensino médio) não podem ser influenciados pelo que estamos vivendo hoje. Esqueçam quem é o ministro, estou pedindo para que os estudantes que têm oportunidade este ano não sejam prejudicados. É a chance de o filho da empregada doméstica virar médico”, afirmou.

Ele deu a entender, também, que o programa Hora do Enem – plataforma online de estudos e simulados lançada semana passada em cerimônia no Palácio do Planalto – não está tendo a adesão esperada.

“Mesmo com orçamento apertado, colocamos propagandas pagas. Estamos fazendo o que é possível, mas temos muita dificuldade que os alunos conheçam essa oportunidade, de ter um professor particular e um cursinho dentro de casa, de graça. O ano deles é este, e eles não podem perder o momento.”

Do Estadão Conteúdo

 

“Agora sou eleitor de carteirinha do prefeito Isaac Carvalho”, afirma vereador Caffé do Oito

Caffé

Vereador Caffé do Oito (PROS) / Foto Waldiney Passos

Comemorando as conquistas no exercício do seu primeiro mandato na cidade de Juazeiro-BA,  o vereador Caffé do Oito (PROS), elogiou na manhã desta quinta-feira (14), ao participar do programa Bom Dia Vale da Rádio Jornal Petrolina, o trabalho realizado pelo prefeito Isaac Carvalho (PCdoB).

“Na primeira eleição eu não votei com Isaac, votei com Joseph Bandeira, na segunda eleição votei novamente com Joseph, por conta disso eu tive que voltar em Márcio Jundir, mas eu estou sim do lado, passo a passo, andando com Isaac e pode ter certeza eu sou um eleitor, passei a ser um eleitor de carteirinha de Isaac pelo que ele tem feito em Juazeiro e  em especial na minha comunidade”, pontuou Caffé.

O edil elencou as obras realizadas pela gestão municipal, principalmente em sua comunidade, como 4 quadras poliesportivas, iluminação e melhoria do acesso ao bairro João Paulo II, além da construção de 3 creches. Também destacou ter sido em atenção a indicação de sua autoria que a prefeitura realizou a revitalização do centro comercial de Juazeiro, incluindo a Praça do Passo Municipal e calçadão  da Rua Conselheiro Saraiva.

Caffé, no entanto, disse que seu trabalho não se resume a área urbana. “Eu costumo dizer o seguinte, o pessoal diz que sou vereador do 8, do João Paulo Segundo, mas eu sou vereador de Juazeiro, dos que votaram ou não votaram em mim. Então, nós temos uma Associação da Serra da Batateira, Associação da Agricultura Familiar, ela tinha de 5 a 6 anos de existência e nada tinha conseguido, quando eu assumir nós conseguimos a implantação do luz para todos, a primeira etapa foi concluída, agora conseguimos liberar a segunda, portanto, estamos trabalhando também no interior”, destacou.

Sobre o momento político por que passa o país defendeu uma ampla reforma política, mas, sobretudo, do judiciário que trata de forma diferenciada os pobres e os ricos (colarinhos branco).