Conselho Nacional de Direitos Humanos investiga violações de direitos humanos em comunidades afetadas por energias renováveis no Nordeste

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) realizará, entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, uma operação de investigação nos estados de Pernambuco e Paraíba para analisar denúncias de violações de direitos humanos em comunidades impactadas por empreendimentos de energias renováveis.

A missão ocorreu na região sul, norte, sudeste e agora na etapa nordeste, encerrando em setembro no centro-oeste, no Mato Grosso. O objetivo dessas missões é avaliar os impactos que as populações têm sofrido em decorrência da emergência climática.

Em 2021, várias organizações e movimentos sociais, universidades e representantes políticos encaminharam denúncias ao Ministério Público Federal, à Defensoria Pública da União e às Defensorias Públicas Estaduais de Pernambuco e Paraíba, alertando para os graves impactos e violações dos direitos. Esse quadro tem se agravado pela omissão e conivência de gestores públicos justificada pelo pretexto da “transição energética”.

De acordo com o Conselho, desde a chegada das empresas de energia eólica e solar, foram constatadas diversas violações de direitos em comunidades que tradicionalmente ocupam esses territórios. Diante da situação, serão promovidas visitas a comunidades afetadas pela instalação de parques eólicos e solares, bem como uma audiência pública com autoridades, parlamentares e famílias atingidas. Organizações sociais e entidades integram a comitiva que irá visitar comunidades afetadas pelos empreendimentos de renováveis.

Agenda

29 de agosto: a comitiva visitará o povo Kapinawá, impactado por uma fazenda eólica no município de Buíque (PE).

30 de agosto: o destino será Caetés (PE), onde se reunirá com a comunidade de Sobradinho para discutir os impactos dos parques eólicos na localidade.

31 de agosto: dando continuidade na Paraíba, a visitação será na Usina Yayu para observar o complexo solar local, antes de seguir para o Quilombo da Pitombeira e o Quilombo Talhado Santa Luzia, ambos afetados por complexos híbridos de energia solar e eólica.

Na ocasião, também estarão presentes representantes do assentamento Novo Horizonte. A programação será concluída com uma audiência pública para discutir os resultados das visitas com a presença de representantes das comunidades impactadas, autoridades governamentais e parlamentares. A audiência ocorrerá na Defensoria Pública da União (DPU-PE), localizado no Edifício Empresarial Progresso, na Avenida Manoel Borba, 640, Boa Vista, no centro do Recife.

Sobre o Conselho Nacional de Direitos Humanos

Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) é um órgão colegiado paritário, criado para promover e defender os direitos humanos no Brasil. Suas ações incluem medidas preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras em casos de ameaças ou violações de direitos, conforme estabelecido na Constituição Federal e em tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Originalmente instituído pela Lei nº 4.319, de 16 de março de 1964, como Conselho de

Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), o órgão foi transformado no atual CNDH pela Lei n° 12.986, de 2 de junho de 2014. O CNDH orienta-se pelos Princípios Relativos ao Status das Instituições Nacionais de Direitos Humanos (Princípios de Paris), definidos pela ONU em 1992, que destacam o pluralismo e a autonomia.

Diário de Pernambuco

Casa Nova: Prefeito Wilker determina providências e cobra identificação de responsáveis por túmulos violados

Túmulos do cemitério de Casa Nova, localizada na região norte da Bahia, foram violados e revirados durante a madrugada desta segunda-feira (26). Ainda não há informações sobre os responsáveis pelo ato de vandalismo, que está sendo investigado pela delegacia de Polícia Civil da cidade.

De acordo com a polícia, um coveiro que trabalha no local disse que o cemitério não tem vigia durante a noite, e que essa foi a primeira vez que o espaço foi alvo de criminosos.  Ainda segundo a polícia, o funcionário relatou que nada foi levado do local. Alguns vasos com plantas foram retirados de cima dos túmulos e jogados no chão e cruzes também foram arrancadas.  O trabalhador, conforme a polícia, não soube informar quantos túmulos foram violados. Até a tarde desta segunda, nenhum suspeito havia sido identificado.

Em nota dura, que pede urgência na apuração do vandalismo, o prefeito Wilker Torres disse que “a violência, a intolerância e o desrespeito não tem lugar em Casa Nova”.

Confira a íntegra da nota:

O vandalismo nos túmulos de nossos entes mais queridos e o profundo desrespeito às crenças e tradições de Casa Nova não ficarão impunes.

Já determinamos a abertura de averiguação no âmbito da secretaria responsável para punir exemplarmente, se assim for confirmado, a ausência ou negligência da vigilância;

Já registramos, na Polícia queixa de furto e depredação de patrimônio público, com pedido de urgência no esclarecimento e identificação.

Vamos receber os parentes e ou responsáveis pelos túmulos violados para encaminhar as soluções possíveis.

A violência, a intolerância e o desrespeito não tem lugar em Casa Nova. Casa Nova, 26 de junho de 2017.  Wilker Torres Prefeito