Nova pesquisa mostra que brasileiros associam o cigarro eletrônico à modernidade

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), também conhecidos como cigarros eletrônicos, pods ou vapes, são proibidos no Brasil por decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Contudo, como mostra uma nova pesquisa realizada pela HSR Health, em parceria com o Observatório de Oncologia, muitos brasileiros ainda não conhecem as normas e, além disso, consideram os aparelhos algo moderno.

Segundo o levantamento, 87,2% dos entrevistados sabem o que são estes dispositivos, mas apenas 54,9% estão cientes do fato de que é um produto ilegal. Além disso, enquanto 44,6% veem os vapes como apetrechos modernos e 20,7%, como descontraídos. Por outro lado, 60% acreditam que fumá-lo causa malefícios à saúde.

Do total, 74,6% informaram nunca ter utilizado qualquer tipo de cigarro eletrônico, enquanto 19,4% afirmam ter utilizado pelo menos uma vez. Dos que já fumaram, 2,8% disseram que usam com frequência. Dentre os riscos associados anteriormente aos dispositivos, 90,3% sabem que o uso de cigarros eletrônicos pode estar associado ao desenvolvimento de câncer, e 94,8% estão cientes da presença de substâncias tóxicas nos DEFs e 94,3% consideram que eles podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas.

Um dos principais motivos da proibição dos cigarros eletrônicos, é porque eles causam dependência devido à presença da nicotina. inda, segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), um único vape equivale a um maço com 20 cigarros. Outro ponto defendido por especialistas é que os aparelhos apresentam até 2 mil substâncias, a maioria sem origem ou nome revelados.

Além disso, uma pesquisa feita por universidades da Inglaterra e da Áustria, descobriu que estes aparelhos podem danificar o DNA, o que possivelmente indica a possibilidade de desenvolvimento de câncer.

Folha PE