Brasil registra 165 mil novas empresas em fevereiro, diz Serasa

O setor de serviços segue como o mais procurado pelos empreendedores, com a abertura de 104.493 novas empresas em fevereiro/Foto: internet

O setor de serviços segue como o mais procurado pelos empreendedores, com a abertura de 104.493 novas empresas em fevereiro/Foto: internet

 Foram criadas 165.028 novas empresas no Brasil em fevereiro, o maior registro para o mês desde 2010, aponta o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O número é 14,2% superior ao registrado em fevereiro de 2015: 144.501. O primeiro bimestre do ano acumula 331.641 novas companhias, crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aumento de novas empresas é resultado do maior número de novos microempreendedores individuais, que cresceram em razão da perda de postos formais no mercado de trabalho. Segundo eles, a recessão econômica impulsionou trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma, meios alternativos de geração de renda.

O setor de serviços segue como o mais procurado pelos empreendedores, com a abertura de 104.493 novas empresas em fevereiro, o equivalente a 63,3% do total de companhias criadas no mês. Em seguida, 46.448 empresas de comércio (28,1% do total) surgiram no segundo mês do ano e, no setor industrial, foram abertas 13.674 empresas (8,3% do total). Na comparação entre fevereiro e igual mês do ano passado, todos os setores cresceram: serviços tiveram aumento de 17,4%; comércio, 7,4%; e indústria, 16,6%.

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O movimento dos consumidores nas lojas de todo o país caiu 9,6% em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, e 1,1% sobre dezembro de 2015. De acordo com a pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, a queda foi a maior já registrada no comércio varejista, desde desde abril de 2002, quando houve retração de 11,2% sobre o mesmo mês de 2001.

Os economistas da Serasa Experian atribuíram essa retração às projeções de desaquecimento na economia. “Juros altos, desemprego em ascensão e inflação elevada, que afetaram negativamente o comércio no ano passado, ainda continuarão presentes em boa parte do ano de 2016”, justificaram eles.

Na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, apenas o segmento de combustíveis e lubrificantes apresentou avanço, com crescimento de 3,8%. No setor de veículos, motos e peças foi constatada queda de (-20,4%) e nos demais setores foram registradas as seguintes oscilações: tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-15,3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (-13,1%); supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-6,7%) e material de construção (-2,4%).

Na comparação com dezembro passado, três setores apresentaram alta: veículos, motos e peças (3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (3,9%) e material de construção (4,3%). Nos demais, ocorreram redução: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-1%); combustíveis e lubrificantes (-0,2%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-0,4%).

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