Casa Nova celebra São José Operário, padroeiro da cidade

são josé operário
Durante nove noites, missas, louvores, pregações e quermesse movimentaram os fieis que lotaram a igreja do santo protetor na sede do município. Padres das cidades vizinhas, que compreende a Diocese de Juazeiro, foram responsáveis, junto com grupos e movimentos eclesiais, pela liturgia da novena.
No próximo domingo, 1º maio, dia de celebração do santo, a cidade terá uma extensa agenda. Pela manhã, a partir das 5h, alvorada, Às 17h, procissão saindo da Praça do Cruzeiro até a Praça Gilson Viana onde o bispo, Dom José Geraldo da Cruz, presidirá missa solene.
Após a missa, os católicos prestigiarão o show Tributo a Padre Zezinho do grupo ‘Ir ao Povo’, que contará com a participação da cantora Sonia Mara. O show tem o patrocínio da prefeitura municipal.

Devoção ao Padre Cícero será nesta quarta em Rajada.

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A Paróquia Nossa Senhora das Dores, localizada no distrito de Rajada em Petrolina, Sertão pernambucano, realiza amanhã (20) dia de programação em devoção ao Padre Cícero a Nossa Senhora das Dores. A programação começa às às 06h com o ofício.
Já às 18h, será realizada a “Hora da Graça” com procissão pelas ruas de Rajada logo após, às 19h, e Santa Missa e bênção do Santíssimo em seguida. Com exceção da procissão, toda a programação será na igreja matriz da paróquia, conduzida por membros de pastorais e pelo padre Felipe Gomes, administrador religioso da comunidade.

Religiosos criticam imagens de santas nas versões Galinha Pintadinha, Diabinha e Malévola

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Religiosos pedem providências contra uma loja de decoração que vende estatuetas de santos caracterizados como personagens conhecidos. Uma imagem de Nossa Senhora, por exemplo, ganhou versões de Galinha Pintadinha, Mulher Maravilha, Malévola e Minnie.

A criadora das imagens, Ana Smile, que é dona da loja Santa Blasfêmia, disse ter crescido dentro da igreja e afirmou não se considerar cometendo nenhuma infração. As peças são confeccionadas com base em cinco santos: São Benedito, Santo Antônio, São Judas, Nossa Senhora de Guadalupe e Nossa Senhora das Graças.

Porém, ao contrário da criadora das imagens, os fiéis consideram o trabalho com sátira à fé católica. Uma petição online, inclusive, foi criada, pedindo providências, e deve ser dirigida ao Ministério Público do Distrito Federal. Para um grupo de católicos, a iniciativa fere o artigo 208 do Código Penal, que fala sobre crimes contra o sentimento religioso.

Nas redes sociais, várias pessoas se posicionaram dizendo “isso não é arte”, “não se deve mexer com a mãe de um rei” ou “isso é pecado”. No entanto, muita gente defendeu o trabalho de Ana Smile e admirou as imagens criadas. Os objetos confeccionados têm entre 30 centímetros e 55 centímetros e os preços variam de R$ 200 a R$ 400. As vendas são feitas pela web ou na loja física, em Goiânia.

Com informações de Folha de PE

A experiência de participar da festa de Iemanjá: salve Odoyá, salve a rainha do mar!

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

Muito se especula das religiões africanas, mas poucos, de fato procuram saber. As críticas, a falta de respeito e de conhecimento, dominam o senso comum que julgam sem ao menos se permitir conhecer. Eu, até pouco tempo nada sabia sobre o universo das religiões de matriz africana. E admito, ainda pouco sei, porém respeito, infinitamente.

Dois de fevereiro, é a data em que se comemora o dia de Iemanjá, a rainha do mar, a mãe de todos os orixás, a protetora das crianças e das famílias. No sincretismo religioso ela é representada na figura de Maria, mãe de Jesus Cristo. Essa jornalista que vos escreve, sempre foi curiosa como o quê, quando o assunto é o desconhecido. Principalmente levando em consideração que nasceu e cresceu na doutrina do catolicismo tradicional, onde assim como demais vertentes do cristianismo, trata as outras religiões como sendo “o lado negro da força”. A convite de amigos, fui conhecer o Ilê Axé Ogum de Ronda, aqui em Petrolina, sertão de Pernambuco. Lá, fui apresentada a Ialorixá Socorro, a quem todos chamam de Mãe Socorro, a “Mãe-Pequena” Edinha e ao Pai Edson.

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

Não posso deixar de destacar o quão lindo e diferente é o rito.  Flores enfeitam o local, aos poucos os filhos de santo da casa, a mãe Socorro, o pai Edson, os pais e mães de santo da região e os convidados, se reúnem. Com exceção dos convidados, todos começam a dançar ao som do atabaque e entoam cantigas que falam do demais orixás.  O canto alegre contagia o local. Em determinado momento, a “Mãe Edinha” entra, mas não é ela, é a mãe Iemanjá que já está presente. Ela dança com graça, a mãe de todos os orixás, também é guerreira e no seu “baile” faz referência a um combate com espada empunhada.

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

Todos dançam e cantam, ela está ali, ela é a presença principal da festa. Depois de um certo tempo, a Orixá senta para dar a benção a seus filhos e se despedir. Primeiro os filhos da casa, depois os visitantes. Um a um, deitam sob seus pés e de joelhos a abraçam. Em seguida, ela entra em um quarto e quando retorna, é novamente a Mãe Edinha.

Após o término do momento festivo, um jantar foi servido. Assim como fui ensinada em casa, primeiro os convidados, depois os de casa. É um mundo curioso, enfim, mas não muito diferente daquele fui criada. São pessoas comuns que se divertem e agradecem. Não há bicho-papão, não bebi sangue de animal, nem vi criancinhas sendo sacrificadas. Para falar a verdade, fora os cachorros que por ali estavam, não vi nenhum outro bicho, que não o homem.

Sim, essa religião tem seus rituais, assim como a Católica, a Evangélica, o Espiritismo, o Budismo e tantas outras. E sabe o que mais me surpreendeu? Minha surpresa foi saber que a Umbanda também é católica e espirita, ao mesmo tempo. Os orixás que são cultuados, nada mais são que forças da natureza, que na escala da divindade, está abaixo do “Todo Poderoso”. Com doutrinas diferentes, porém bem semelhantes nas suas crenças.

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Foto: Pedro Carvalho Diniz

O conhecimento, a curiosidade, o respeito e se despir de todo preconceito é o maior poder que qualquer pessoa pode ter. No final das contas, independentemente de crença, cor, partido político e time de futebol, somos todos iguais. Não há motivo para incitar o ódio e o preconceito. Só podemos e devemos criticar o que de fato conhecemos. E é assim, enfeitiçada pelos ritos de Iemanjá que me despeço, peço proteção e a saúdo, até logo, Salve Odoyá, a rainha do mar!

Texto: Giomara Damasceno, Jornalista – Blog Waldiney Passos

Fotos: Pedro Carvalho Diniz

21 de janeiro: Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

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Vinte e um de janeiro é Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data foi instituída em 2007 depois da morte da sacerdotisa do candomblé Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda. Após ter a casa e o terreiro invadidos por grupos de outra religião e o marido agredido, a  iyalorixá morreu em decorrência de um infarto. Atualmente, o dia é uma oportunidade para atentar sobre a necessidade de se respeitar a diversidade religiosa e, assim, reduzir os casos de crimes de ódio no País.

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