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O Complexo de Suape quer recuperar os produtores do Vale do São Francisco que tinha em 2009, quando começou a diminuir os volumes embarcados no local para o mercado internacional. Perdendo espaço para outros portos do Nordeste, Suape tem hoje 0,5% de volume.
Esse número já chegou a 26% e em 10 anos, a direção do Porto de Suape tentou negociar para retomar a carga de exportação. Na última quinta-feira (23), uma comitiva do governo do Estado e do Tecon Suape participou de reunião com os produtores de frutas, em Petrolina.
“Houve um momento em que o Porto de Suape deixou de dar um tratamento adequado às exportações de frutas. Tivemos problemas com agentes reguladores (Ministério da Agricultura, Receita Federal) e com a falta de priorização da carga. Isso acabou inviabilizando a exportação por Suape, porque cada dia a mais no porto pode significar prejuízo no caso das cargas de frutas. O desafio agora é oferecer condições atrativas para que os donos dos navios revejam seus planos para voltar a ter escalas para embarcar frutas para Estados Unidos e Europa”, observa o gerente executivo da Valexport, Tássio Lustoza.
Representante da Suape, Javier Ramirez se comprometeu a elaborar um plano de ação para tornar o terminal atrativo aos produtores de frutas do Vale. “Convidamos os empresários para fazer uma visita ao Tecon e participar de uma nova reunião. Num momento seguinte também vamos convidar os armadores (donos dos navios) para a discussão”, disse.
Segundo a Valexport, o Porto de Natal é o preferido dos produtores, seguido por Salvador e Pecém. A capital do Rio Grande do Norte tem outro diferencial: priorizar a escala da carga diretamente à Europa, sem precisar passar por outros terminais no Nordeste.