Operação Catilinárias: Ronaldo Silva questiona comportamento da oposição

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Vereador Ronaldo Silva (PSDB) Foto Waldiney Passos

Ao fazer uma comparação entre os dois episódios protagonizados pela Polícia Federal (PF) em Petrolina:  o primeiro quando os agentes estiveram na sede da prefeitura investigando os gastos realizados pelo governo Lossio relacionados ao São João do Vale e agora com a deflagração da operação Catilinárias onde os agentes invadiram a sede da Fundação 2020 de propriedade do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o vereador Ronaldo Silva (PSDB) disse estranhar o comportamento de determinados integrantes da bancada da oposição.

“Aqui muitos fizeram algazarra, alardearam nos meios de comunicação chamando o prefeito Julio Lossio de desonesto. A primeira vez que a PF esteve na casa do senador em Recife nenhum vereador aqui da oposição questionou o que estaria acontecendo. Mais uma vez, a Polícia Federal, na madrugada, invadiu, arrombou a porta da Fundação para levar documentos e computadores e hoje a gente ver aqui vereador, ex-líder da bancada da oposição dizer que as acusações são levianas”, frisou Ronaldo.

O edil acrescentou que “quem tem telhado de vidro não pode joga pedras no telhado dos outros, pois isso pode acontecer com qualquer um de nós”, alertou.

“Eu não estou aqui alegre, satisfeito  pelo que aconteceu com o senador, jamais. Só quero pedir aos companheiros que tenham mais um pouco de respeito, porque nós não podemos estar aqui julgando as pessoas”, arrematou Ronaldo Silva.

Senador Fernando Bezerra esclarece detalhes sobre Operação Catilinárias da PF

Fernando Bezerra

A sociedade brasileira assistiu pelos meios de comunicação nesta semana, o início da Operação Catilinárias da Polícia Federal (PF), que aconteceu em diversas cidades. Em Petrolina (PE) o prédio da Fundação 2020 pertencente ao Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) recebeu a visita dos agentes da PF.

Para esclarecer o fato, a assessoria de imprensa do senador enviou a seguinte nota:

1)    Sobre a Operação Catilinárias, o senador ratifica e reitera sua confiança no trabalho das autoridades que conduzem este processo investigatório, acreditando no pleno esclarecimento dos fatos, e continua, como sempre esteve, à disposição para colaborar com os ritos processuais e fornecer todas as informações que lhe forem demandadas.

 2)    Em relação à Operação Vidas Secas, Fernando Bezerra esclarece que, ao assumir o Ministério da Integração Nacional (MI), em 1º de janeiro de 2011, as obras em questionamento já estavam em plena execução.

No primeiro ano de gestão do MI, foi realizado um minucioso trabalho de replanejamento na execução das obras, passando pela renegociação e o encerramento dos contratos antigos, levantamento dos serviços a executar, agilização dos projetos executivos e abertura de novas licitações para as obras e serviços remanescentes. Também foi instituída uma equipe de fiscalização coordenada por servidores concursados e não mais por funcionários terceirizados.

Em particular, seja por metodologia de gestão seja pelo fato de as obras serem alvo de polêmicas, o então ministro Fernando Bezerra determinou uma detalhada análise em todos os contratos do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), a fim de detectar eventuais incorreções e falhas no empreendimento. Para tanto, solicitou, inclusive, o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU).

Quando irregularidades foram identificadas pela gestão de Fernando Bezerra Coelho, o Ministério da Integração Nacional adotou todas as medidas legais para a apuração de responsabilidades. Prova disso é que, durante o período em que Fernando Bezerra esteve à frente do ministério, foram instaurados processos investigativos para a aplicação de penalidades relativas a diferentes lotes.

No caso específico do Consórcio OAS/Galvão/Barbosa Mello/Coesa, o TCU realizou auditoria em campo (que resultou no Acórdão 2.628/2011) e, em setembro de 2011, encontrou indícios de irregularidades na execução dos Contratos 29/2008-MI e 30/2008-MI, firmados em 2008.

Ao final daquele mesmo ano (2011), o próprio Ministério da Integração Nacional concluiu seu levantamento interno. Por consequência, o então ministro Fernando Bezerra determinou a instauração de processo investigativo – por meio da Portaria 68/2012/SIH/MI – a fim de que, após ser oportunizado direito de defesa, o consórcio pudesse ser advertido, multado e cobrado por valores recebidos indevidamente. Cálculos estimados pelo Ministério da Integração apontaram, àquela época, que os valores a serem ressarcidos pelo consórcio deveriam se aproximar de R$ 15,2 milhões.

Vale salientar que, até a chegada de Fernando Bezerra Coelho ao Ministério da Integração Nacional, os serviços constantes dos contratos firmados com o Consórcio OAS/Galvão/BarbosaMello/Coesa já haviam sido remunerados em percentuais bastante significativos, da seguinte forma:

O  Contrato 29/2008 (Lote 11): só 10,46% dos custos desta obra foram pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 89,54% do valor da obra – o que equivale a R$ 291,7 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando Bezerra ao MI.

O Contrato 30/2008 (Lote 12): só 12,82% dos custos desta obra foram pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 87,18% do valor da obra – o que equivale a R$ 130,9 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando Bezerra ao MI.

A gestão de Fernando Bezerra à frente do Ministério da Integração Nacional terminou em 1º de outubro de 2013. (ASCOM)

STF nega pedido da PF de busca e apreensão na casa de viúva de Eduardo Campos

eduardo camposO Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido da Polícia Federal para fazer busca e apreensão na casa de Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em meio à campanha eleitoral de 2014. Endereços do empresário Aldo Guedes, que foi sócio de Campos, em Pernambuco foram alvo de busca e apreensão pela Operação Catilinárias, deflagrada nesta terça-feira, 15.

Os mandados foram cumpridos na loja Grillo Presentes, na Imbiribeira, zona sul do Recife, que pertence ao empresário, e na Agropecuária Nossa Senhora do Nazaré Ltda, situada na Fazenda Esperança, em Brejão, agreste pernambucano. Eduardo Campos era sócio de Guedes nesta Agropecuária, onde a PF apreendeu hoje documentos. Na loja, foram encontrados R$ 170 mil em espécie.

Em outubro, o ex-presidente da Camargo Corrêa e delator da Lava Jato Dalton dos Santos Avancini afirmou aos investigadores da operação ter-se encontrado em 2010 com o ex-sócio de Eduardo Campos. Avancini e Aldo Guedes teriam se encontrado no Shopping Iguatemi, em São Paulo, para acertar o suposto pagamento de propina de R$ 20 milhões da empreiteira para abastecer o caixa 2 da campanha à reeleição do então governador de Pernambuco.

Polícia Federal deflagra Operação Catilinárias e faz buscas em fundação de FBC em Petrolina

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Catilinárias, em conjunto com o Ministério Público Federal. O objetivo é o cumprir 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a sete processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato. A finalidade é evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.

Os mandados, expedidos pelo ministro Teori Zawascki, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (9), bem como nos estados de Pernambuco (4), São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1).

De acordo com informações do repórter Romualdo Souza da Rádio Jornal, a Polícia Federal teria invadido logo cedo, por volta das 5 horas da manhã, a Fundação Petrolina 2020, controlada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), onde recolheram documentos e computadores.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), já havia autorizado abertura de inquérito para apurar suspeitas contra o senador e ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. A decisão atendeu a pedido feito pela Procuradoria Geral da República (PGR). As investigações podem incluir quebras de sigilo (bancário, fiscal e telefônico), busca de documentos e interceptações telefônicas.

Polícia Federal divulga resultado final da “Operação Expurgo IV”

download (1)A Polícia Federal divulgou ontem (13) o resultado final da “Operação Expurgo IV”, que foi deflagrada no dia 27 de novembro e concluída em 06 de dezembro. As ações se concentraram nos municípios de Orocó, Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Dormentes, Afrânio e ilhas do Rio São Francisco. O objetivo da operação foi erradicar os plantios de maconha na região, de modo a reduzir a oferta de entorpecentes no Estado.

Participaram da operação 40 policiais federais e militares do Corpo de Bombeiros, com a realização de buscas aéreas, fluviais e terrestres. Para auxiliar os trabalhos, a PF utilizou um helicóptero, além de botes infláveis para percorrer as ilhotas do Rio São Francisco. Foram erradicados 19 mil pés de maconha na operação.

Este ano, contabilizando todas as operações, foram erradicados 806 mil pés de maconha e 268 toneladas de drogas deixaram de ser produzidas. A Polícia Federal erradicou 268 plantios e destruiu 361 mil mudas. Também foram apreendidos 546 quilos de maconha.

Ex-presidente Lula é intimado a prestar depoimento na Operação Zelotes

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Na próxima quinta-feira (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai prestar depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, na investigação da Operação Zelotes. A intimação foi expedida pela Polícia Federal no dia 3 de dezembro.

A polícia suspeita que as medidas provisórias 471/2009 e 512/2010, assinado por Lula, teria sido compradas por um esquema de corrupção que envolve lobistas e montadoras de veículos que se beneficiaram de prorrogação de incentivos fiscais definidas por essas normas.

O filho mais novo de Lula, Luís Claudio Lula da Silva, recebeu R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, consultoria contratada pelas montadoras para fazer o lobby pelas MPs. Os sócios da consultoria, Mauro e Cristina Marcondes, estão presos pela PF e já foram denunciados. O esquema de compras da MP foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo em série de reportagens.

Luiz Claudio prestou depoimento e é alvo de um novo inquérito que investiga sua relação com a empresa de lobby. Perícia da PF identificou que o trabalho que Luís Claudio diz ter prestado para a Mautoni se resume a cópia de material produzido na internet, em especial o site Wikipedia.

O ex-ministro Gilberto Carvalho também é alvo das investigações sobre a suposta compra de MPs na época em que ele era chefe de gabinete de Lula. E-mails indicam relação de proximidade do ex-ministro com Mauro Marcondes.

Luís Claudio e Gilberto Carvalho negam que tenham envolvimento no esquema de compra de MPs.

Polícia investiga crimes em licitações e desvio de recursos na Hemobrás

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de ontem (9), uma operação contra uma organização suspeita de direcionar licitações e desviar dinheiro público da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Durante o cumprimento de um dos 28 mandados de busca e apreensão, agentes da PF flagraram maços de dinheiro sendo arremessados da janela de um dos apartamento das Torres Gêmeas, em Recife. (veja no vídeo)

Em um dos edifícios, na área central do Recife, vive um dos investigados na “Operação Pulso”, o diretor-presidente da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho. A PF apura, no entanto, quem teria arremessado os pacotes antes da chegada dos policiais.

Entre os delitos apurados na operação estão corrupção passiva, infringência da lei de licitação, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Desvios
Segundo o superintendente da PF no estado, Marcelo Diniz Cordeiro, a investigação já teria verificado desvios de aproximadamente R$ 20 milhões, mas esse valor pode ser ainda maior.

“Essas frentes que estamos investigando não dizem respeito só ao superfaturamento da obra, mas também ao superfaturamento do gerenciamento, direcionamento de licitações entre outras coisas”, explicou.

Na casa do diretor-presidente da Hemobrás, a PF também encontrou 50 quadros usados para lavagem de dinheiro. As obras são de artistas como Bajado, João Câmara e George Barbosa.

“Os quadros foram trazidos porque um dos crimes investigados é o de lavagem de dinheiro. Já comprovamos a prática com algumas dessas obras e vamos aprofundar a investigação para verificar as outras”, disse o chefe de comunicação da PF, Giovani Santoro. Os agentes também encontraram R$ 15 mil em um cofre na residência.

De acordo com a PF, durante a operação foi apurado ainda que amostras de sangue coletadas não puderam ser transformadas em medicamentos contra a hemofilia e outras doenças porque foram armazenadas de forma incorreta.

Contratos
A polícia ainda investiga diversas licitações e contratos de logística de plasma e hemoderivados ilegais. A obra de construção de uma fábrica da Hemobrás em Goiana, Mata Norte do estado, também está sob suspeita.

A operação cumpre 28 mandados de busca e apreensão, 29 oitivas mediante intimação e dois mandados de prisão temporária, expedidos contra empresários que atuam na Hemobrás.

Foi autorizado ainda o afastamento de três integrantes da empresa, sendo dois da diretoria. Fora Pernambuco, a ação também ocorre nos estados do Piauí, Paraíba, Minas Gerais e São Paulo.

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