Polícia Civil cumpre mandados de prisão contra suspeitos investigados por venda de maconha líquida e cigarros eletrônicos

Por meio do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), a Polícia Civil da Bahia cumpriu, nesta segunda-feira (10), dois mandados de prisão contra suspeitos de comercializar irregularmente maconha líquida, usada em cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”. A ação foi realizada em Salvador e em São Paulo.

Um suspeito foi preso no Corredor da Vitória, enquanto o outro investigado teve o mandado cumprido em São Paulo. Durante as investigações, foram encontrados materiais ilegais, como maconha líquida e cigarros eletrônicos contendo substâncias proibidas. A operação também resultou na apreensão de outros itens relacionados ao crime.

A investigação, que se iniciou em outubro de 2024, envolveu diligências em vários estados do Brasil. No total, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sendo 21 em Salvador, dois no Paraná e um em São Paulo. Além disso, dois mandados de prisão também foram executados. O alvo localizado em São Paulo já estava preso. Ele respondia por tráfico de drogas e armas.

A investigação tem como foco principal a desarticulação das ações criminosas que desviavam o uso autorizado de substâncias terapêuticas à base de cannabis, comercializando produtos ilícitos como vapers e refis adulterados. As investigações apontam que as práticas da organização violavam as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), configurando tráfico de drogas.

O inquérito está sendo conduzido pela Polícia Civil da Bahia, mas ao final das apurações, o caso será encaminhado à Justiça Federal, conforme solicitação do Ministério Público Federal. Os suspeitos vão passar por exames de praxe e estão à disposição da Justiça. O material apreendido será encaminhado para perícia.

Bahia Notícias

Dois assessores de Temer deixam o Palácio do Planalto

(Foto: Internet)

O Diário Oficial da União de hoje (24) traz a exoneração de Tadeu Filippelli do cargo de assessor especial do Gabinete Pessoal do presidente Michel Temer. Investigado por fraudes nas licitações das obras de reconstrução do Estádio Nacional Mané Garrincha, o ex-vice-governador do Distrito Federal foi preso ontem (23) pela Polícia Federal na Operação Paratenaico.

Na noite de ontem, um outro assessor direto de Temer, Sandro Mabel, também pediu para deixar o cargo. O pedido já foi aceito pelo presidente.

Com a saída de Mabel e de Filippelli, chega a quatro o número de assessores presidenciais que deixaram o posto, desde o final do ano passado. Além deles, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures deixaram o Palácio do Planalto.

Em carta enviada a Temer, Mabel diz que deixa o cargo por motivos familiares e de negócios, conforme planos já informados ao presidente em dezembro do ano passado.

“No início de dezembro passado expliquei que precisava voltar pra casa como havia prometido à minha mulher e aos meus filhos, mas atendi a seu pedido para que ficasse mais 120 dias. Novamente em fevereiro lhe reafirmei a minha necessidade de realmente retornar à minha casa e reassumir meus negócios”, diz Mabel.

Após confusão, Câmara desiste de tentar anistiar alvos da Lava Jato

(Foto: Internet)

A maioria dos deputados dizia não saber o que seria votado e muitos fizeram questionamentos à Mesa. (Foto: Internet)

O plenário da Câmara dos Deputados tentou votar de surpresa, na noite desta segunda-feira (19), um projeto que tem como objetivo principal abrir uma brecha para anistiar políticos que estão sendo alvos da Operação Lava Jato. O texto do projeto estabelece uma mudança na legislação com punição específica e direta para o crime de caixa dois eleitoral, que é o uso de dinheiro nas campanhas sem declaração à Justiça.

Deputados que articularam a manobra almejavam dois objetivos: conseguir a anistia por prática de caixa dois cometida até agora, com base no princípio de que lei não retroage para prejudicar o réu; e inibir a atual inclinação da força-tarefa da Lava Jato — e do juiz federal Sérgio Moro — de tratar como corrupção pura e simples o recebimento de dinheiro que não esteja na contabilidade eleitoral.

Em resumo, a intenção era essa: aprovada a lei, os casos seriam enquadrados na nova legislação sobre o caixa dois —e não como corrupção ou outro crime com pena mais severa —, mas só haveria punição daqui pra frente. Curiosamento o projeto entrou em pauta de votações sem a convocação explícita dos deputados para analisar o tema e sem apresentação prévia do texto.

LEIA MAIS

OAB critica nomeação e defende saída de ministros investigados na Lava Jato

Presidente em exercício pediu confiança aos brasileiros/Foto: Marcos Correia

Sete ministros são investigados pela Operação Lava Jato /Foto: Marcos Correia

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, criticou a nomeação de ministros investigados ou citados na Operação Lava Jato pelo presidente interino, Michel Temer, e disse que poderá avaliar o uso de instrumentos jurídicos para pedir o afastamento de ministros que venham a se tornar réus.

“Quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos. Faço o alerta de que a nomeação de investigados contraria os anseios da sociedade e não deveria ser feita”, disse Lamachia em nota.

LEIA MAIS