Brasileiro é preso como suspeito de tentar matar vice-presidente da Argentina

Vice-presidente conversava com apoiadores quando sofreu atentado

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma tentativa de assassinato na noite de quinta-feira (1°). Ela conversava com apoiadores em um espaço público na frente da sua residência, quando um homem apontou uma arma para sua cabeça. Por sorte, a arma não disparou (apesar de o homem ter apertado o gatilho) e ela não ficou ferida.

Suspeito nasceu no Brasil

Segundo a Polícia Federal argentina, o suspeito é um brasileiro. Ele se chama Fernando Andrés Sabag Montiel, tem 35 anos e seria motorista por aplicativo.

Ele nasceu em São Paulo, mas é filho de uma argentina e um chileno, conforme apuração do G1. Consta no histórico do criminoso uma expulsão do Brasil, em 2021.

No mesmo ano, Fernando levou uma advertência na Argentina por porte ilegal de arma. Após o atentado, o presidente Alberto Fernandéz decretou feriado nacional nesta sexta-feira (2), pela “paz e harmonia” da Argentina.

“Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada”, disse em rede nacional.

Promotoria da Argentina pede 12 anos de prisão para Cristina Kirchner

Vice-presidente do país é investigada desde 2019 por corrupção em licitações de obras públicas.

O Ministério Público da Argentina pediu que a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, seja condenada a 12 anos de prisão em razão de casos de corrupção envolvendo a contratação de obras públicas.

O promotor Diego Luciani acusou a peronista de cometer 51 fraudes em licitações contra o Estado Argentino em um esquema para desvio de dinheiro público quando ela era presidente, entre 2007 e 2015.

Se a Justiça confirmar a punição, Cristina também pode perder os direitos políticos, ou seja, ficar inelegível. Esse também é um dos pedidos do MP. O órgão quer que ela devolva US$ 1 bilhão aos cofres públicos.

A sentença será proferida nos próximos meses, segundo a mídia local, embora a vice-presidente ainda possa recorrer a tribunais superiores, o que levaria anos para chegar a uma decisão final.

“Esta é provavelmente a maior manobra de corrupção já conhecida no país”, afirmou o promotor ao defender a condenação.

Em nota publicada nas redes sociais, Kirchner afirmou que o pedido de condenação contém “falta de provas” e que o processo é motivado por “perseguição política”.

O presidente Alberto Fernández saiu em defesa da colega. “Hoje é um dia muito desagradável para quem, como eu, cresceu na família de um juiz, foi educado no mundo do direito e ensina Direito Penal há mais de três décadas. Mais uma vez, transmito meu mais profundo carinho e solidariedade à vice-presidente”.