STF tem maioria para manter condenação de Collor na Lava Jato

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (8) maioria de votos para manter a condenação do ex-presidente Fernando Collor a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato.

Até o momento, o plenário virtual da Corte tem placar de 6 votos a 2 para rejeitar um recurso da defesa contra a condenação. O placar foi obtido com voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Para o ministro, não há irregularidades na decisão que condenou Collor.

“A decisão recorrida analisou com exatidão a integralidade da pretensão jurídica deduzida, de modo que, no presente caso, não se constata a existência de nenhuma dessas deficiências”, argumentou o ministro.

Além de Moraes, votaram para manter a condenação os ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram pela redução da pena de Collor para quatro anos por entenderem que houve erro na dosimetria da pena. Cristiano Zanin se declarou impedido para julgar o caso.

Em maio do ano passado, o tribunal entendeu que Collor, como antigo dirigente do PTB,  foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.

Dois ex-assessores de Collor também foram condenados, mas poderão substituir as penas por prestação de serviços à comunidade. O julgamento virtual está previsto para terminar na segunda-feira (11).

Agência Brasil

Autor de disparo contra apresentador da TV Asa Branca, afiliada da Globo, é condenado a 58 anos de reclusão

O Tribunal de Justiça de Pernambuco realizou um júri na quarta-feira (9) e decidiu pela condenação de Vagner Santos Figueiredo, pelo crime de tentativa de homicídio praticado contra Alexandre Farias. O condenado foi identificado como autor dos disparos que atingiu o apresentador da TV Asa Branca, afiliadas da Globo durante um tiroteio em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, em 2017.

A sessão foi presidida pela juíza Maria Segunda Gomes de Lima e decidiu pela condenação de Vagner e outras três pessoas: Vítor Luiz Bezerra da Silva, José Ranieri de Oliveira Simão e Jefferson Santos da Silva. Na data do crime, os envolvidos atropelaram socorristas do Samu enquanto estavam fugindo.

José Ranieri foi condenado por três crimes de homicídios tentados e qualificados, que foram cometidos para assegurar a impunidade e as vantagens dos delitos. As vítimas foram os agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU): Josimeri da Silva Nascimento e Valderi Antônio do Nascimento, bem como Letícia Gabriela Farias da Silva.

Segundo o TJPE, Vagner foi condenado a cumprir pena de 58 anos e oito meses; José Ranieri foi condenado a 92 anos, Vitor Luiz Bezerra a 56 anos e Jefferson Santos teve a pena atribuída de 56 anos de reclusão

Relembre o caso:

Em 16 de setembro de 2017, o jornalista Alexandre Farias, que apresentava o ABTV 2ª Edição, foi vítima de uma bala perdida. O fato aconteceu no bairro no Alto do Moura, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O jornalista tinha apresentado o telejornal e quando saiu foi jantar num supermercado da cidade.

Ele ia para a casa dele, que fica no Alto do Moura, quando foi atingido por um disparo. De acordo com informações da Polícia, assaltantes estavam em um carro roubado, quando houve perseguição e troca de tiros. Na fuga, os bandidos ainda atropelaram os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que estavam em uma ocorrência no local. Uma das auxiliares de enfermagem foi atingida.

Alexandre Farias foi socorrido em estado grave para o Hospital Regional do Agreste (HRA) e transferido para hospital Unimed, também em Caruaru. No dia 18 de setembro do mesmo, a Polícia Civil recebeu uma denúncia e conseguiu prender três dos suspeitos que cometerem o crime, após um tiroteio que durou 15 minutos no sítio Maniçoba, na zona rural de Caruaru. Um quarto homem morreu durante a troca de tiros.

G1 Petrolina