Novo papa pode ser asiático ou africano, diz arcebispo de São Paulo

Colégio de cardeais ficou mais diversificado, explica dom Odilo

O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, disse nesta segunda-feira (21), que “ninguém deverá se surpreender” se o novo papa, a ser escolhido durante o Conclave, seja um asiático ou africano.
“Ninguém deveria se surpreender se fosse escolhido um cardeal africano para ser papa ou um cardeal asiático para ser papa ou novamente um cardeal italiano para ser papa. Está nas possibilidades. Se isso acontecer, não significará que a igreja voltou-se só para África ou voltou-se apenas para Ásia, voltou às costas para América ou voltou a se centrar na Europa. Qualquer um que for escolhido papa deve recuperar o cuidado da Igreja como um todo. Portanto, é o tempo do pontificado que vai depois nos dizer para onde irão as escolhas pessoais que o papa fará”, disse.
Dom Odilo destacou que essa variedade de nacionalidades entre as possibilidades para um novo papado decorre do fato de que, durante o pontificado de Francisco, o colégio de cardeais ficou ainda mais diversificado.
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(Foto: Internet)

É a terceira vez que Francisco nomeia novos cardeais desde sua eleição em 2013. (Foto: Internet)

O papa Francisco disse neste domingo (9) que elevaria 17 sacerdotes para o posto de cardeal, incluindo 13 que têm menos de 80 anos e, portanto, são elegíveis para participar de um conclave que um dia escolherá seu sucessor.

Um dos cardeais eleitos, entre aqueles com menos de 80 anos, é do Brasil. Trata-se do arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, que também é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Os cardeais são os membros mais altos da hierarquia católica romana após o papa. Cada vez que um papa nomeia novos cardeais, ele coloca seu selo sobre o futuro da igreja global de 1,2 bilhão de membros.

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