Reforma agrária e atuação do MST dividem opiniões na Alepe

(Foto: Divulgação)

A reunião plenária desta quarta-feira (17) foi marcada por pronunciamentos divergentes sobre a reforma agrária e a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Enquanto Rosa Amorim (PT) e João Paulo (PT) elogiaram o trabalho do MST na democratização do acesso à terra e na garantia da produção de alimentos, Renato Antunes (PL) criticou o movimento e defendeu propostas para penalizar ocupantes e invasores de propriedades.

Rosa Amorim destacou o Dia Internacional de Luta Camponesa (17 de abril), lembrando o massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, ocorrido nesta data. A deputada ressaltou a importância da jornada Abril Vermelho do MST, que busca democratizar o acesso à terra no Brasil.

Além disso, pediu celeridade ao Governo Lula na realização da reforma agrária e na ampliação dos programas sociais voltados para os camponeses, enfatizando a necessidade de infraestrutura, saúde, educação e cultura nas áreas rurais.

Por outro lado, Renato Antunes parabenizou a Câmara dos Deputados pela aprovação do requerimento de regime de urgência ao projeto de lei que visa punir ocupantes e invasores de propriedades.

O projeto propõe sanções como o impedimento de receber auxílios e benefícios sociais, a impossibilidade de nomeação para cargos públicos e a proibição de realizar contratos com o poder público. Antunes criticou a atuação do MST, argumentando que a reforma agrária deve ser tratada com responsabilidade, sem invasões e desrespeito à lei.

João Paulo defendeu o MST, destacando sua contribuição na promoção da reforma agrária no país. Para ele, os avanços conquistados até então são fruto da resistência dos trabalhadores rurais sem terra. O deputado ressaltou a importância da luta pela terra e pelo direito à vida e ao alimento, enfatizando que a reforma agrária não ocorreria sem a mobilização e a resistência dos movimentos sociais.

A reunião plenária evidenciou a divisão de opiniões sobre a reforma agrária e o papel do MST, refletindo diferentes perspectivas políticas e ideológicas em relação à questão agrária no Brasil.

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