O anúncio da construção de uma “calçada da fama” para homenagear os presidentes do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) gerou repercussão negativa e foi posteriormente negado pelo desembargador Ricardo Paes Barreto, presidente do TJPE.

O projeto, anunciado inicialmente por Paes Barreto durante o programa “João Alberto na Jornal”, transmitido pela TV Jornal no sábado (20), gerou controvérsia nas redes sociais.

Segundo o presidente do TJPE, a iniciativa visava tornar o Judiciário “mais bonito” e “atraente”, com a implantação de mãos moldadas dos presidentes vivos do tribunal.

Entretanto, menos de 24 horas após o anúncio, a assessoria de imprensa do TJPE enviou uma nota oficial assinada pelo diretor-geral da instituição, Marcel Lima, e uma declaração escrita do desembargador, negando a construção da calçada da fama.

Na nota, Lima afirmou que não havia projeto oficial em tramitação para colocação de homenagens nas calçadas do tribunal.

A declaração de Ricardo Paes Barreto, também negando a construção da calçada, contradiz o que foi informado na entrevista. Enquanto no programa ele mencionou que a calçada estava “em implantação”, na declaração enviada posteriormente ele classificou o projeto como uma “sugestão” e “ideia afastada”.

O episódio da “calçada da fama” ocorre em um contexto de críticas ao desempenho do TJPE. Segundo um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 2023, o tribunal possui o segundo pior índice de produtividade do país, à frente apenas do Tribunal de Justiça do Acre.

Além disso, nos últimos anos, os desembargadores do TJPE foram alvo de controvérsias devido ao aumento de seus próprios salários e benefícios, enquanto o tribunal enfrentava críticas por seu baixo desempenho e eficiência. Esses episódios contribuíram para uma imagem negativa do tribunal perante a opinião pública e a comunidade jurídica.

As informações são do G1