
O presidente da República, Jair Bolsonaro.
Neste domingo (04), um dia após o ataque que deixou ao menos 20 mortos no Texas, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não é desarmando o povo que se evita esse tipo de tragédia. “Lamento! Já aconteceu no Brasil também. Agora, não é desarmando o povo que você vai evitar isso aí. O Brasil, no papel, é extremamente desarmado. E já aconteceu coisa semelhante”.
O comentário foi feito no mesmo dia em que Ohio, nos EUA, registrou o terceiro ataque a tiros no país em uma semana. Em Dayton, um atirador matou ao menos nove pessoas na madrugada deste domingo e feriu outras 26.
No sábado (3), um tiroteio em um hipermercado da rede Walmart em El Paso, no Texas, deixou ao menos 20 mortos e 26 feridos. O terceiro ataque foi no domingo passado (28), quando um jovem de 19 anos invadiu a Festa do Alho de Gilroy, um festival gastronômico na Califórnia, matou a tiros três pessoas, deixou outras 12 feridas e se matou na sequência.
No Brasil, em março deste ano, ex-alunos mataram oito pessoas em um ataque a uma escola em Suzano, em São Paulo. Em abril de 2011, em Realengo (zona oeste do Rio), 12 adolescentes – dez meninas e dois meninos – morreram no massacre da escola municipal Tasso da Silveira. Eles foram vítimas de Wellington Menezes de Oliveira, 23, que atirou contra as vítimas na sala de aula.
O presidente tenta alterar as regras sobre o direito ao porte – transportar a arma consigo, fora de casa ou do local de trabalho – de armas e munições no país. Em junho, diante de uma iminente derrota no Congresso, Bolsonaro decidiu revogar os decretos que flexibilizaram as normas, uma de suas principais promessas de campanha.