Magoados. Foi assim que os vereadores integrantes da Comissão Especial montada para visitar Brumadinho (MG) se sentiram ao ler e ouvir críticas ao trabalho feito pelos membros da Casa Plínio Amorim, a única do Nordeste a buscar uma troca de informações entre as regiões atingidas pela lama de rejeitos da Mina do Córrego do Feijão, rompida em 25 de janeiro.
Durante a coletiva da segunda-feira (25), Ronaldo Cancão (PTB) se disse ferido ao ler comentários, questionando a ida do grupo a Minas Gerais. “Nunca usei dinheiro público para viajar. Isso me machucou. Fomos cumprir uma missão, cumpri a missão dentro de um trabalho cansativo”, disse Cancão.
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Companheira de Cancão na viagem, Cristina Costa (PT) não ficou contente ao saber que a ida dos vereadores foi tratada como “férias”, mas preferiu manter um tom apaziguador. “Nós vamos precisar muito da imprensa na defesa do São Francisco. Não dá pra ver as coisas por telefone, tem que ser de perto”, disse.
“As pessoas não entendem que temos 70 mil pessoas que vivem na zona irrigada e bebem essa água sem tratamento, água que irriga nossas lavouras. Na sexta-feira tivemos o relatório da SOS Mata Atlântica mostrando que o Velho Chico foi atingido”, disse Gabriel Menezes (PSL), autor do requerimento para criar a Comissão.
Responsável por autorizar a viagem, o presidente da Casa Plínio Amorim, Osório Siqueira (PSB) endossou a fala dos colegas e foi mais um a desqualificar as críticas feitas a Comissão. “Não teve nenhum fato isolado nessa visita, recebemos o apoio de todos os vereadores, tanto da Oposição quanto da Situação. As críticas foram isoladas e a resposta será apresentada, logo será apresentado o relatório”, finalizou.