No 26º dia do governo Temer após o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) subiu à tribuna do Senado para reforçar o compromisso que o Congresso Nacional deve assumir em apoio à nova gestão do país. “Temos a responsabilidade de contribuir para reavivar os investimentos e o emprego”, destacou. Ao detalhar as oito principais medidas econômicas anunciadas pelo presidente em exercício, Michel Temer(PMDB), o senador afirmou que tais iniciativas demonstram um esforço “essencial”, que sinaliza uma mudança de rumos da política econômica como também um compromisso com a transparência das contas públicas.
“Na atual conjuntura, todas essas iniciativas são fundamentais para o sucesso da recuperação das contas públicas e da economia nacional”, ressaltou Fernando Bezerra. “Podem não parecer simpáticas; mas, são essenciais para reestabelecer a saúde econômica do país e retomar a credibilidade do governo federal perante a população e o investimento privado”, reforçou o socialista pernambucano.
A primeira medida, já aprovada pelo Congresso, foi a revisão da meta de resultado primário para um déficit de R$ 170,5 bilhões, em 2016. “Este número não é simplesmente uma meta, é um verdadeiro teto necessário para inaugurar uma política de “realismo fiscal” e acabar, de vez, com as malfadadas práticas da “contabilidade criativa” (também conhecidas como “pedaladas fiscais”), que tanto corroeram a credibilidade da política econômica, aumentaram a incerteza e contribuíram para a queda do investimento”, argumentou Bezerra Coelho.
Outra ação ressaltada pelo senador é a reforma da Previdência Social; medida considerada, pelo parlamentar, “de grande relevo” e “responsável com o cenário futuro”. Segundo ele, tal reforma contribuirá para “aliviar a trajetória da dívida pública a longo prazo, já que o investimento no país certamente leva em consideração a estabilidade futura da dívida pública”.
DÍVIDA RURAL – Ao final do pronunciamento, Fernando Bezerra Coelho comemorou a provável visita que Michel Temer fará aos estados de Pernambuco e Alagoas. Na ocasião, o presidente em exercício deverá sancionar o Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 8/2016 – oriundo da Medida Provisória 707/2015, conhecida como “MP da Dívida Rural” –, transformando em lei medidas que beneficiarão agricultores (especialmente, os produtores do semiárido nordestino, prejudicados por longos períodos de estiagem) e transportadores autônomos de cargas de todo o país.
“Isso significa um novo recomeço para mais de um milhão de pequenos agricultores e criadores, que vão ter não só a possibilidade de quitar as suas dívidas, mas de recuperar o seu crédito, de voltar a operar com o Banco do Brasil e com o Banco do Nordeste e de investir nas suas propriedades, gerando emprego e renda”, observou.
O senador também acredita que, durante a visita aos estados nordestinos, o presidente em exercício irá assegurar recursos financeiros para a conclusão da obra de transposição do Rio São Francisco e a continuação de investimentos em adutoras para o abastecimento de água à região. “Por tudo isso, renovo aqui a confiança – com estes primeiros dias da gestão do presidente Michel Temer – que está sendo inaugurado um novo tempo de esperança, de confiança para a economia brasileira e, de forma especial, de esperança para os produtores rurais do Nordeste brasileiro”, afirmou.
Com informações da Assessoria