Mulher é presa ao tentar entrar com droga escondida nas partes íntimas em presídio de Salgueiro

Uma mulher de 28 anos foi presa no domingo (2) ao tentar entrar com drogas no presídio de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco . Ela escondia 44 gramas de cocaína nas partes íntimas. A droga foi detectada pelo scanner corporal da unidade prisional.

A mulher, identificada como Jaqueline Gonçalves de Lima, foi à penitenciária para visitar o companheiro, Josinaldo Rodrigues da Silva, que cumpre pena na unidade. Após ser detida por agentes penitenciários, ela foi conduzida à delegacia de Polícia Civil para realização dos procedimentos necessários, ficando à disposição da Justiça.

G1 Petrolina

Duas pessoas são assassinadas a tiros em frente ao presídio Doutor Edvaldo Gomes em Petrolina

Duas pessoas foram assassinadas neste sábado (27), no bairro Henrique Leite, em Petrolina. O crime foi por volta das 5 horas na Avenida das Caravelas, em frente ao presídio Doutor Edvaldo Gomes.

Segundo moradores, José Pedro Sobrinho, de 22 anos, abordou a vítima, Rosângela de Melo Silva, de 47 anos, que andava com o filho, perguntou o nome dela e efetuou disparos de arma de fogo.

“O filho, por sua vez, em defesa da mãe, começou entrar em luta corporal com o autor. A arma do autor caiu e o filho pegou a arma e atirou no autor, que tinha acabado de atirar na sua mãe. Esse autor caiu após o filho atirar e a população chegou e o apedrejou”, esclareceu o delegado Marceone Ferreira.

A avenida ficou movimentada até a chegada da polícia. O Instituto de Medicina Legal (IML) esteve no local e recolheu os corpos. Segundo a Polícia Civil, as investigações já começaram para identificar as motivações do crime.

G1 Petrolina

Presídios de PE têm aluguel de barracos, presos com mordomias e outros passando fome, diz CNJ

Dois relatórios do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontaram uma série de problemas nos presídios de Pernambuco, especialmente no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. Após inspeções, foi constatado que, em meio ao caos do sistema prisional do estado, há aluguel de barracos e presos com mordomias.

Além disso, existe a figura do “chaveiro” como política institucionalizada pelo estado. São presos que fazem uma gestão informal do presídio, exercendo funções que seriam de servidores públicos.

Os “chaveiros” decidem quem será atendido ou não pelos setores de saúde, jurídico e psicossocial, e, em alguns casos, até quem será beneficiado ou não com escassas vagas de trabalho para detentos. Segundo o governo, “o controle da lotação dos presos nas celas é de responsabilidade dos policiais penais”.

Os relatórios tiveram aprovação unânime do Plenário do CNJ. Na terça (4), a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), fez inspeção no Complexo do Curado e disse que a situação dos presídios é dramática e “não pode ser escondida sob os tapetes”.

O Complexo do Curado é composto pelo Presídio Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (Pjallb) e Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB).

Esses relatórios foram feitos com base em inspeções realizadas em agosto de 2022. Na época, o supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do CNJ disse ao g1 que o complexo é “um depósito de gente”.

O CNJ determinou, então, redução de 70% na população do Complexo do Curado, e a entrada de novos detentos foi proibida. Havia 6,5 mil pessoas, aproximadamente, no ano passado. Atualmente, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), há cerca de 3 mil presos no local.

O que diz o CNJ

Sobre a situação dos presídios de Pernambuco, os relatórios do Conselho Nacional de Justiça apontaram que:

  • A fiação é antiga e com mofo e, segundo o CNJ, por todos os lados há gambiarras e fios improvisados. No Pjallb, inclusive, houve relatos de incêndios por curto-circuito.
  • No Presídio de Limoeiro, no Agreste, há venda e aluguel de barracos, com valores que podem chegar a R$ 30 mil. Quando os detentos sem barraco recebem visita íntima, podem alugar um por R$ 50; caso não tenham agendado com antecedência, o valor aumenta para R$ 100.
  • No Presídio de Igarassu, no Grande Recife, os barracos custam, em média, R$ 5 mil. Há indícios de repasse do dinheiro arrecadado por “chaveiros” a servidores públicos.
  • No Curado e em outras unidades, o “chaveiro” acaba se tornando uma espécie de mesário, agente de saúde, cantineiro e faxineiro, bem como responsáveis pela facilitação da comunicação entre presos e policiais penais.