Petrolina comemora os 201 anos da Independência do Brasil com desfile na Avenida Guararapes

Como de costume, os moradores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, encheram a Avenida Guararapes, no Centro da cidade, para acompanhar o desfile em homenagem aos 201 anos de independência do Brasil.

Nem o sol forte na manhã desta quarta-feira, 7 de setembro, diminuiu o ânimo das milhares de pessoas que saíram de casa para demonstrar o amor à pátria.Acompanhada do filho Lucas Henrique, de 7 anos, Silvana de Oliveira chegou cedo. A família, que saiu do bairro Vila Débora, ficou em frente ao prédio da prefeitura.

“Acordamos 5h30. É bom que a gente traz os filhos para prestigiar, conhecer. Todo ano eu venho e trago meu menino”, afirma Silvana.Outras famílias se espalharam ao longo da avenida. Seu Gilberto Martins e a esposa, dona Quintina Alves, moram no bairro Areia Branca. Todo ano eles assistem o desfile. Neste ano, com um motivo especial era ver a neta desfilando com os estudantes do Colégio da Polícia Militar. “Essa é uma data que representa muita coisa, a independência do nosso Brasil, uma festa bonita para todo mundo”, diz o aposentado.

As celebrações em Petrolina começaram por volta das 9h, com a apresentação da Philarmônica 21 de Setembro, seguida do hasteamento das bandeiras do Brasil, Pernambuco e Petrolina. Em seguida, o prefeito Simão Durando, acompanhado de autoridades militares, realizou a revista das tropas.

Os estudantes do Colégio da Polícia Militar abriram o desfile, por volta de 10h15. O público na Guararapes ainda viu a passagem do exército, marinha, aeronáutica, 5º BPM, 2º Biesp, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal, Desbravadores, e Clube de Aventureiros.

G1 Pernambuco

Para historiador, independência criou nação fundada na escravidão

A Independência do Brasil em relação a Portugal criou uma nação “fundada na escravidão”, analisa o historiador Rafael Domingos Oliveira, que faz parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Afro-América. Em 1822, o então príncipe regente do Brasil, Dom Pedro I, declarou a quebra da relação colonial com a metrópole europeia e emancipou o país. A escravidão legal só séria extinta décadas depois, em 1888.

Romper com a dominação direta de Portugal exigiu, segundo o historiador, costurar acordos com os proprietários de terras que tinham a produção movida pela mão de obra escravizada. Foi essa articulação que permitiu também que o país não se fragmentasse, como aconteceu com as colônias de dominação espanhola.

“Há linhas interpretativas muito consistentes que afirmam, por exemplo, que a independência foi construída sob um pacto de manutenção da escravidão. A integridade do território dependia, em boa parte, da defesa irrestrita dos interesses da classe senhorial. Nesse sentido, a independência em relação à Coroa Portuguesa significou para a população negra escravizada mais escravidão. A nação surgiria, assim, fundada na escravidão.”, explica Oliveira, como a construção do Brasil como país independente está fortemente ligada ao modelo de produção baseada na exploração da população escravizada.

Logo após o fim da escravidão institucionalizada, o Império acabou deixando de existir, com a Proclamação da República em 1889. Porém, o fim da monarquia não se refletiu, necessariamente, em melhorias nas condições de vida das pessoas negras. “Outros pactos das classes senhoriais e da elite se seguiriam ao longo da nossa história. Em todos eles, a população negra foi mantida na exclusão, na escassez e no genocídio”, acrescenta Oliveira.

Apesar dessas considerações, o historiador também acha importante lembrar que a declaração de independência aconteceu em um contexto de diversas revoltas populares contra a opressão que a colonização exacerbava. “É necessário olhar com cuidado para essa perspectiva, afinal existiram muitas revoltas e tensões sociais antes, durante e após o 7 de setembro que evidenciam a importância da participação popular e dos projetos que se esboçavam no período, mesmo que todos tenham sido suplantados”, pondera.

Indígenas continuam sem terras
O historiador indígena e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz, Casé Angatu (foto de destaque acima), lembra que a emancipação do Brasil como nação também não trouxe benefícios aos povos originários, que desde 1500 tiveram os territórios invadidos pelos europeus. “Que independência foi essa? Ela foi feita por um herdeiro da corte portuguesa que não mudou o quadro existente de racismo, de genocídio e etnocídio sobre os povos indígenas e a população negra”, enfatiza.

Do mesmo modo, o professor destaca que foi mantida a desigualdade social, com a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários. “Não alterou a situação latifundiária do Brasil. Não houve uma reforma agrária, que em outros países ocorreu”, diz sobre a uma situação que foi mantida mesmo após o fim do Império.

Estado Plurinacional
Até hoje, os povos originários ainda lutam, segundo Angatu, para terem os direitos reconhecidos no país. “A nossa verdadeira independência está para ser feita. Quando a gente fala de independência a gente fala de Estado nacional. O Estado brasileiro tem quer perceber que esse país é formado por povos. Assim como alguns estados na América-Latina já trabalham com a ideia de Estado multiétnico. Era isso que o Brasil tinha que perceber, que aqui são vários povos, que é multiétnico, plurinacional, na verdade”, diz.

Em 2009, a Bolívia fez uma reforma constitucional em que se tornou um Estado Plurinacional, como forma de reconhecer a diversidade étnica e cultural do país.

Agência Brasil

Desfile do 7 de setembro deve reunir cerca de 30 mil pessoas

O tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro, em Brasília, principal evento comemorativo da Semana da Pátria, deve reunir cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo expectativa do governo federal. O desfile terá início às 9h, com previsão de durar cerca de 2 horas. São esperados cerca de 200 autoridades e convidados na tribuna de honra com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre ministros, chefes de poderes e representantes das Forças Armadas.

Este ano, o slogan da semana é Democracia, soberania e união. As comemorações pela Semana da Pátria tiveram início na sexta-feira (1º) com a abertura da Exposição da Independência, com exposição de equipamentos militares como embarcações, carros de combate, armamentos e aeronaves.

Desfile
Na cerimônia do desfile cívico-militar, entre outras atrações, terá a execução do Hino Nacional, passagem das tropas das Forças Armadas – Marinha, Exército e Força Aérea -, com veículos e aeronaves, apresentação de escolas públicas do Distrito Federal, do Corpo de Bombeiros, além de bandas.

A cerimônia será aberta pela Fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas, os Dragões da Independência, e o coral dos alunos do Colégio Militar de Brasília, que executarão o Hino Nacional e o Hino da Independência. Em seguida, o comandante militar do Planalto, general de divisão Ricardo Piai Carmona, apresentará a tropa ao presidente da República e solicitará autorização para dar início ao desfile.

Caberá ao medalhista de ouro no boxe nas Olimpíadas de Tóquio 2020, o terceiro sargento Hebert Conceição, dar início ao desfile. Ele conduzirá o fogo simbólico da pátria, acompanhado por esportistas e alunos dos colégios militares de Brasília. Em seguida, com o tema Com Educação se constrói um país, a Secretaria de Educação do Distrito Federal apresentará, no desfile escolar, mais de 550 alunos de escolas públicas e projetos sociais do DF.

O ponto alto do desfile será a apresentação aérea da Esquadrilha da Fumaça, que encerra a solenidade com uma demonstração acrobática. Após o desfile, o público presente na Esplanada dos Ministérios poderá conferir uma atração inédita, a Exposição Multimídia, com mostra de equipamentos militares e telões interativos para apresentar à população as atividades e os programas estratégicos desenvolvidos pelas Forças Armadas. A exposição vai até o dia 10 de setembro, sempre das 9h às 17h.

Segurança
Para garantir a segurança das pessoas que vão assistir o desfile, alguns itens serão proibidos, como fogos de artifício e similares; armas em geral; apontador a laser ou similares; artefatos explosivo; spray e aerossóis; mastros confeccionados com qualquer tipo de material para sustentar bandeiras e cartazes.

Não serão permitidos também garrafas de vidro e latas; armas de brinquedo, réplicas, simulacros e quaisquer itens que tenham aparência de arma de fogo; drogas ilícitas, conforme a legislação brasileira; substâncias inflamáveis de qualquer tamanho ou tipo; armas brancas ou qualquer objeto que possa causar ferimentos, mesmo que representem utensílios de trabalho ou cultural, a exemplo de tesouras, martelos, flechas, tacos, tacape e brocas. Também está proibido o uso de drones no espaço aéreo da Esplanada dos Ministérios.

Intervenções no trânsito e revistas serão realizadas, com ações de policiamento e reforço nos atendimentos de emergência e de delegacias específicas para registro de ocorrências.

Clima
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na segunda-feira (4) que a expectativa é que o desfile do 7 de setembro ocorra em clima de tranquilidade e concórdia. Ele destacou que o esquema de segurança estará reforçado. Na terça-feira (5), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), em Brasília, em apoio ao governo do Distrito Federal, durante o desfile.

A Força Nacional atuará em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) para auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado, da União e do Distrito Federal. A quantidade de agentes da Força Nacional ainda será definida, conforme planejamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Apoio
Haverá pontos de atendimento médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros, além de equipes espalhadas pela área do desfile. Serão 17 pontos de hidratação ao longo da Esplanada dos Ministérios. Ambulantes credenciados ficarão posicionados na via de ligação do Museu da República. Não haverá venda de produtos dentro da área de segurança do desfile.

Agência Brasil

Petrolina celebra o 7 de setembro com Desfile Cívico-Militar e Hasteamento da Bandeira

A população petrolinense poderá prestigiar o tradicional desfile cívico-militar em celebração ao Dia da Independência nesta quinta-feira (7)., na Avenida Guararapes. O evento tem início às 8h30, na frente da prefeitura com o hasteamento das bandeiras do Brasil, Pernambuco e Petrolina, ao som do Hino Nacional. Em seguida, às 9h30, será feita a tradicional revista às tropas que apresentarão seus arsenais e equipamentos, as bandas marciais desfilarão às 10h pelas avenidas Guararapes, Souza Filho, e algumas ruas adjacentes, que estarão interditadas especialmente para o desfile.

As comemorações devem contar ainda com a participação de 257 estudantes do Colégio da Polícia Militar, e 230 oficiais da Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar; 2º Batalhão Integrado Especializado (BIEsp), 4º Grupamento de Bombeiros, Guarda Municipal, Militares da Reserva, Bombeiros Civis, Desbravadores, e Clube de Aventureiros.

Jaquelyne Costa/Ascom Secretaria de Governo
Fotos: Ayrton Latapiat

Apae desfila pelas ruas do centro de Petrolina em celebração a Independência do Brasil

Na manhã desta quarta-feira (6), véspera do dia da Independência do Brasil, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) realizou um desfile cívico pelas ruas de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Alunos, professores e alguns familiares saíram da sede da instituição em direção a tenda cultural da Praça do Bambuzinho, no centro da cidade.

Ao longo deste mês de setembro, os alunos da Apae devem participar de atividades educativas que despertam a noção de liberdade, independência e cidadania. Atualmente, Apae oferece assistência a mais de 200 estudantes que possuem deficiências físicas ou intelectuais.

G1 Petrolina