Empresário João Carlos Paes Mendonça afirma que nunca presenciou uma crise econômica como esta

joão carlos paes mendonça

O empresário e presidente do grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, foi o entrevistado do debate da Super Manhã, desta terça-feira (1º). Geraldo Freire, ao lado do editor de economia do Jornal do Commercio, Saulo Moreira, e a diretora de jornalismo da Rede Globo Nordeste, Jô Mazarollo, conduziu o debate.

Ao abordar o tema da crise econômica no Brasil, o empresário afirmou que nunca presenciou um momento como esse. “Essa talvez seja a maior crise da nossa história”, destacou. “Essa crise é uma tempestade perfeita”.

Para ele, a crise tem um grande viés político. “É uma crise de competência e infelizmente 2016 parece que não vai ser melhor”, comentou.

O empresário criticou ainda o formato dos programas sociais do governo, mas destacou a importância de algumas medidas que protegem as classes menos beneficiadas. “Eu sou favorável que se dê o apoio às pessoas necessitadas, que precisam, mas momentaneamente. Depois você tem que dar oportunidade para que essas pessoas se livrem desses programas”, frisou, citando como exemplo o Bolsa Família. “Deixou de ser um projeto social para ser um projeto político”.

Sobre as medidas adotadas pelo Governo Federal para frear a crise, João Carlos foi enfático e afirmou que os empresários brasileiros estão desmotivados, principalmente pelas burocracias. “Não vi nenhum ato nesse governo, só discurso. Qual a motivação que um empresário tem no Brasil?”, questionou.

Ele lançou uma luz sobre o futuro da economia do país, porém, consciente de que 2016 também será um ano difícil. “Essa crise vai demorar, mas passa. E quem tem coragem estará muito na frente de quem tem medo de investir”, afirmou.

Sobre Pernambuco, Paes Mendonça elogiou as estruturas do estado, mas criticou a má utilização do Centro de Convenções de Olinda, afirmando que o espaço deixa de realizar muitos eventos para atrair o público. “O Centro de Convenções não está sendo utilizado da melhor forma. Nós perdemos oportunidades”, disse. “Ele é muito pequeno, não está mais compatível com o mundo moderno”, completou.

Sobre a carga tributária do Brasil, o empresário afirmou que o país deve parar de aumentar a cobrança de impostos dos brasileiros e criticou o discurso de defesa da CPMF utilizado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como tributo para auxiliar na saída da crise. “Precisamos reduzir a máquina do Estado. Nós precisamos reduzir o custeio, o desperdício e investir certo”, disse. “A CPMF nunca foi temporária. Para quê a volta da CPMF?”.

João Carlos Paes Mendonça fez uma análise rápida da vinda da Copa do Mundo ao Brasil, que, na sua opinião, não trouxe nada de positivo. Ele aproveitou a oportunidade para comentar a construção da Arena Pernambuco. “Não precisávamos da Arena Pernambuco. Era para ter usado o Arruda. A Arena não rendeu nada para o estado”, afirmou. “Para receber três jogos medíocres, gastamos uma fortuna. Não tem mobilidade. Está lá, um elefante branco. Não trouxe nada para Pernambuco”, atacou, dizendo ainda que o Clube Náutico teria sido prejudicado por conta da ida para a Arena, o que afastou a torcida.

Governo publica corte de R$ 10 bilhões no orçamento

O governo publicou hoje (30) no Diário Oficial da União decreto com a nova programação orçamentária de 2015, com o cronograma mensal de desembolso.

Na última sexta-feira (27), o governo informou que publicaria decreto com o contingenciamento de R$ 10 bilhões.

A medida tornou-se necessária em razão da não aprovação da nova meta fiscal deste ano pelo Congresso Nacional.

No início do ano, o governo tinha estipulado meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em R$ 55 bilhões.

No entanto, as dificuldades para cortar gastos e aumentar as receitas fizeram a equipe econômica revisar a meta fiscal de 2015 para déficit primário de R$ 51,8 bilhões.

Devido ao reconhecimento dos atrasos nos repasses a bancos públicos, o valor do déficit subirá para R$ 119,9 bilhões.

Segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil, o contingenciamento poderá determinar a paralisia do governo, caso o Congresso demore a aprovar a alteração da meta fiscal de 2015. (EBC)

Datafolha: Corrupção é vista como o maior problema do País

CORRUPÇÃORealizada nos dias 25 e 26 em todo o país a Pesquisa Datafolha mostrou a corrupção como o principal problema do País, na opinião dos brasileiros. O assunto aparece com 34% das menções, mais do que o dobro do segundo item mais preocupante: saúde, com 16%. Esta é a primeira vez, desde que o levantamento começou a ser realizado, em 1996, ainda na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que a corrupção aparece como o principal problema na avaliação dos entrevistados.

Durante todo o período tucano (até 2002), o tema líder no ranking de principais problemas foi o desemprego, com o recorde de 53% no fim de 1999. Em algumas rodadas, fome/miséria apareceu em segundo lugar na lista de preocupações, assunto citado por apenas 1% atualmente.

O levantamento foi feito em meio aos mais recentes desdobramentos da Operação Lava Jato: logo após a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do ex-presidente Lula – e simultaneamente às prisões do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual.

O Datafolha ouviu 3.541 pessoas em 185 municípios de todo o País. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Prepare o bolso: Tarifa de energia continuará com bandeira vermelha em dezembro

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem, que a bandeira tarifária válida para o mês de dezembro continuará sendo de cor vermelha. A bandeira vermelha implica em um acréscimo de R$ 4,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos em todos os Estados do País, exceto Amapá e Roraima, que ainda não estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O consumidor está pagando mais caro pela energia desde o início do ano. A bandeira vermelha representa a existência de condições mais adversas para a geração elétrica no País. Há ainda a bandeira amarela, quando a cobrança adicional é de R$ 2,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, e a verde, sem custo adicional para o consumidor. Desde janeiro, contudo, foi mantida a cor vermelha.

O sistema de bandeiras tarifárias, implementado com o intuito de alertar o consumidor a respeito do custo corrente de geração, além de dividir com ele esse custo, já passou por duas correções de valores desde janeiro, quando foi implementado. O valor adicional cobrado na bandeira vermelha foi estabelecido inicialmente em R$ 3 para cada 100 kWh. A partir de março, três meses depois do início da cobrança, o preço foi elevado para R$ 5,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos com bandeira vermelha. Em setembro, o valor implícito na bandeira vermelha caiu para R$ 4,50 por cada 100 kWh consumidos.

Previdência: segunda parcela do décimo terceiro vai custar R$ 15,9 bilhões

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                                   Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

O pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário vai custar mais de R$ 15,9 bilhões à Previdência Social. No total, 28 milhões de beneficiários têm direito à gratificação natalina, informou o Ministério do Trabalho e Previdência Social.

No estado de São Paulo, que tem o maior número de benefícios por unidade da Federação, 90% têm direito ao abono. São R$ 4,4 bilhões para 6,4 milhões de beneficiários.

Os depósitos da segunda parcela começaram nessa terça-feira (24) juntamente com o pagamento da folha de novembro. Recebem primeiro os segurados cujo benefício é de até um salário mínimo. Quem ganha acima do salário mínimo começa a receber a partir do dia 1º de dezembro. Os depósitos seguem até 7 dezembro.

O valor desta segunda parcela do décimo terceiro vem com o desconto do Imposto de Renda. O contracheque de pagamentos pode ser acessado no site da Previdência Social ou nos terminais de autoatendimento do banco em que o segurado recebe o benefício.

De acordo com a lei, têm direito à gratificação aposentados, pensionistas e segurados da Previdência que estão recebendo auxílio-doença. Quem recebe benefícios assistenciais não tem direito ao décimo terceiro salário – cerca de 4,5 milhões de beneficiários.

A primeira parcela da gratificação natalina foi paga com a folha de setembro. (fonte: NE10)

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