Pesquisa Datafolha mostra que 57% se dizem a favor de permitir reeleição

Pesquisa Datafolha mostra que 57% dos brasileiros são a favor de permitir que presidentes, governadores e prefeitos disputem a reeleição, enquanto 41% são contrários à possibilidade. Os outros 2% disseram não saber responder.

O resultado vai na contramão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende acabar com a reeleição no Executivo e unificar a duração dos mandatos e as datas das eleições. O texto, que foi aprovado em maio pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (PEC 12/2022), agora está em tramitação no Senado.

O levantamento Datafolha indica, contudo, que 59% da população apoia a ampliação de todos os mandatos eletivos de quatro para cinco anos, conforme prevê a PEC. Já 37% são contrários. O restante se diz indiferente ou que não sabe responder. Caso a PEC em questão seja aprovada, mudanças seriam feitas de forma gradual e não afetariam as eleições de 2026.

A pesquisa Datafolha mostra maior apoio à reeleição presidencial entre os jovens de 16 a 24 anos, os menos escolarizados e os mais pobres. O índice também é superior entre os eleitores que aprovam o atual governo Luiz Inácio Lula da Silva (74%) e os mais identificados com o PT (71%), em comparação aos que preferem o PL (48%), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O número não varia tanto considerando a cor ou religião dos entrevistados. O Datafolha entrevistou presencialmente 2.004 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 10 e 11 de junho, em 136 municípios em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Estadão Conteúdo

Lula lidera pesquisa para eleições de 2026 em todos os cenários, aponta Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (05), mostra que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sairia na frente numa disputa com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se as eleições presidenciais de 2026 fossem hoje. Bolsonaro está inelegível após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos cinco cenários de primeiro turno testados pelo Datafolha, Lula aparece na vantagem.

Numa disputa com Lula e Bolsonaro, o primeiro teria 36% e o ex-presidente, 30%. Ciro Gomes (PDT) teria 12%, Pablo Marçal (PRTB), 7%, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), 5%, e 9% votariam em branco/nulo ou nenhum, além de 2% afirmarem não saber.

Sem Bolsonaro e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa, Lula teria 35%, contra 15% do ex-ministro de Bolsonaro, 11% de Ciro, 11% de Marçal, 5% de Ratinho Junior (PSD), que é governador do Paraná, 3% de Leite, 3% do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), 2% de Ronaldo Caiado (União Brasil), que comanda Goiás, 11% em branco/nulo/nenhum e 3% que não saberiam.

Com Eduardo Bolsonaro (PL) na corrida, Lula também teria 35%, e em segundo lugar ficaria Ciro Gomes, com 12%. Já o filho de Bolsonaro teria 11% na terceira posição. Depois viriam Marçal (10%), Ratinho (6%), Zema (4%), Leite (4%) e Caiado (3%).

Se Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama, entrasse na eleição, ficaria em segundo lugar com 15%, e Lula na vantagem, com 35%. Nesse cenário o Datafolha ainda colocou Ciro Gomes (12%), Pablo Marçal (10%), Ratinho Junior (5%), Romeu Zema (4%), Leite (3%) e Caiado (3%). Por fim, num cenário apenas com Lula, Tarcísio e Marçal, o petista teria 43%, o governador de SP, 24%, e Marçal, 15%.

Sem Lula ou Bolsonaro

O Datafolha também simulou cenário sem Bolsonaro nem Lula, mas com nomes como de Ciro, Tarcísio, Marçal e Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula. Nesse eventual pleito, Haddad teria 15%, em terceiro lugar, contra 16% de Tarcísio na segunda posição e 19% de Ciro Gomes, na liderança.

Num cenário sem Lula mas com Bolsonaro, Ciro, Haddad, Marçal e Leite, o ex-presidente lideraria com 32%, seguido por Ciro com 20% e Haddad com 17%. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a pesquisa foi realizada com 3.054 pessoas de 16 anos ou mais em 172 municípios pelo Brasil nos dias 1º a 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Estadão

34% dos brasileiros dizem que não teriam ido votar se não fosse obrigatório, diz Datafolha

Se o voto não fosse obrigatório no Brasil, 34% dos eleitores não teriam ido às urnas no último domingo (6) para escolher o próximo prefeito, segundo nova pesquisa Datafolha. O nível de abstenção do último pleito no país foi de 21,7%, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

As intenções de abstenção são maiores entre eleitores pretos (42%), de escolaridade média (40%), moradores das regiões Centro-Oeste e Norte (40%), mais pobres (39%) e entre 25 e 34 anos (39%).

Por outro lado, 65% dos entrevistados dizem que, ainda que não fossem obrigados a votar, teriam exercido o direito da mesma forma. O índice é maior entre os mais ricos (82% entre os que recebem mais de dez salários mínimos e 75% entre os que recebem de cinco a dez), com curso superior (78%), moradores da região Sul (76%), eleitores de Jair Bolsonaro (71%), brancos (71%) e mais idosos (70%).

Entre os eleitores que não foram votar no domingo, 18% dizem não ter ido por estarem em uma cidade diferente de onde votam, 14% justificaram desinteresse na eleição, 14% estavam longe dos locais de votação e 13% estavam viajando.

Dos eleitores que compareceram, 14% afirmam ter decidido o voto no próprio dia da eleição, 5%, na véspera, 8%, uma semana antes, 11%, 15 dias antes e 59%, pelo menos um mês antes do dia do pleito. O Datafolha realiza um levantamento que acompanha o apoio da população ao voto obrigatório desde 1994. A última pesquisa do tipo tinha sido divulgada em dezembro de 2020, quando 56% dos brasileiros eram contra a medida.

O voto é obrigatório no país oficialmente desde 1932, no primeiro governo de Getúlio Vargas. A obrigatoriedade foi mantida no Código Eleitoral atual, de 1965. Desde 1846, no período imperial, já eram previstas multas a quem faltasse nas votações para vereadores e juízes de paz.

A pesquisa Datafolha foi realizada entre segunda (7) e terça-feira (8) em 113 municípios de todo o Brasil. Foram entrevistados 2.029 eleitores acima de 16 anos A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O voto é facultativo para quem tem 16 ou 17 anos e mais de 70 anos, além dos analfabetos.

Atualmente, quem não aparece para votar nem justifica a ausência fica sujeito a uma multa de R$ 3,51 por turno, além de não conseguir retirar passaporte e prestar concurso público, entre outras consequências. O cancelamento do título de eleitor ocorre após três ausências não justificadas.

Outros países se dividem entre os modelos de voto obrigatório e opcional. Ele é opcional, por exemplo, nos Estados Unidos, e na maior parte dos integrantes da União Europeia. Na América Latina, a obrigatoriedade é comum. Há ainda casos de países onde a obrigação é prevista em legislação, mas as autoridades na prática não punem quem não comparece às urnas.

Bahia Notícias