Aneel anuncia bandeira amarela em novembro e conta de luz terá alívio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 27, que as tarifas de energia elétrica terão bandeira amarela no mês de novembro. O órgão regulador citou a melhoria das condições climáticas, com o aumento do volume do reservatórios das hidrelétricas em razão das chuvas, o que deve levar a uma redução da necessidade de acionamento das termoelétricas, que produzem energia mais cara.

Em nota divulgada pouco depois do anúncio da Aneel, o Ministério de Minas e Energia (MME) declarou que as medidas de planejamento da pasta para os reservatórios do país dispensaram a volta do horário de verão em 2024 e também possibilitaram o relaxamento da bandeira tarifária. A pasta comandada por Alexandre Silveira citou medidas preventivas adotadas, como a preservação de recursos na bacia do Rio Paraná – em abril, as usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera tiveram diminuídas as suas vazões.

Conta menor
A mudança na bandeira tarifária, depois de dois meses de bandeira vermelha, significará um alívio na conta de luz de novembro em relação a este mês, em que está valendo a bandeira vermelha 2 – nessa bandeira o custo adicional cobrado na conta de luz é de R$ 7,87 para a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

Para o próximo mês, sob bandeira amarela, esse acréscimo na conta de luz cairá para R$ 1,885. A bandeira amarela tinha sido acionada pela última vez em julho deste ano. A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional.

Haverá reflexo também na inflação. De acordo com a Warren Investimentos, a mudança na bandeira tarifária de energia deve aliviar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro em 0,29 ponto porcentual, na comparação com outubro.

Os fatores que levaram ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2 em outubro foram o risco hidrológico (GSF) decorrente do prolongado período seco e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) – valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período. Foi um relaxamento nesses dois indicadores que, segundo a Aneel, possibilitou agora o acionamento da bandeira amarela.

O Estadão/Broadcast havia mostrado que as chuvas registradas nos últimos dias em bacias hidrográficas relevantes e a perspectiva de significativo volume de precipitações nos primeiros 20 dias seriam foram os fatores centrais para a decisão da Aneel, na avaliação do especialista.

Termoelétricas
Apesar dessa melhora, a Aneel avalia que as previsões para as chuvas e das vazões dos reservatórios nos próximos meses ainda permanecem abaixo da média. Isso indica, segundo o órgão regulado, a necessidade de manutenção da geração termoelétrica complementar para atender os consumidores. Ou seja, o uso de uma fonte mais cara.

Boa parte do mercado apontava para a perspectiva de retorno da bandeira vermelha patamar 1 em novembro. O que acabou não acontecendo. A bandeira tarifária ficou verde de abril de 2022 até julho deste ano, quando foi acionada a bandeira amarela. Em agosto, voltou a bandeira verde, que passou a vermelha patamar 1 em setembro e, depois, para vermelha patamar 2 neste mês de outubro

De acordo com dados da Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, vai atingir em novembro a marca de 61 acionamentos nas classificações amarela, vermelha 1, vermelha 2 ou, as de maior impacto, que sinalizam “escassez hídrica”. O sistema visa atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.

Estadão Conteúdo

Aneel aciona bandeira vermelha patamar 2

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta sexta-feira (30) que a partir do mês de setembro, vai vigorar a bandeira tarifária de vermelha de patamar 2. Com isto, a cada 100 KWh, as contas de energia elétrica dos consumidores terão um acréscimo de R$ 7,877.

A medida visa a dar sustentação ao aumento ocasionado pelo acionamento das usinas termelétricas que têm operação mais cara. Neste mês o Operador Nacional do Sistema (ONS) divulgou uma recomendação para que as termelétricas sejam acionadas. A medida é para manter a disponibilidade de energia elétrica diante da redução nos reservatórios das hidrelétricas.

“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira%u202Fvermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD)”, afirmou a Aneel.

Diário de Pernambuco

Aneel mantém bandeira verde nas contas de luz em janeiro de 2024

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (29) que no mês de janeiro a bandeira tarifária será verde. Desta forma, os consumidores não terão custo extra nas contas de luz. De acordo com a agência, a continuação da bandeira verde no início do próximo ano é porque as condições favoráveis de geração de energia permanecem. Há 21 meses o país tem adotado a bandeira verde após o fim da escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022

O que são as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

Agência Brasil