Bolsonaro fala de política, religião e economia em 1º ato de campanha

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), deu o pontapé em sua campanha à reeleição na manhã desta terça-feira (16/8), em Juiz de Fora (MG). O encontro revelou o que podem ser os próximos passos do chefe do Executivo em sua empreitada por mais quatro anos de mandato. No comício, temas recorrentes no discurso do presidente, como a crítica à esquerda, o 7 de Setembro, a queda no preço dos combustíveis e as pautas conservadoras estiveram presentes.

A escolha da cidade na Zona da Mata mineira foi simbólica e remete à facada sofrida por ele, então deputado federal e candidato à Presidência, no dia 6 de setembro de 2018.

O mandatário desembarcou na cidade mineira uma hora antes do previsto e chegou às 10h ao Aeroporto Francisco Álvares Assis – o Aeroporto da Serrinha. Das dependências internas da unidade aeroportuária, ele foi para um encontro com lideranças religiosas, prática recorrente na agenda do presidente nos últimos meses, no Aeroclube de Juiz de Fora. De lá, seguiu em motociata para o comício.

Política e religião

As falas nas duas agendas tiveram tons similares. O discurso que busca alinhar política e religião foi reproduzido durante sua passagem. “Vamos falar de política hoje sim, para que amanhã ninguém nos proíba de acreditar em Deus”, chegou a afirmar Bolsonaro. As declarações foram feitas tanto no encontro no Aeroclube, quanto no comício.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, deu ainda mais força às falas sobre religião. De cima do trio elétrico, ela convidou apoiadores para rezar o “Pai Nosso”.

Bolsonaro também repetiu críticas aos governos anteriores, à esquerda e, de forma velada, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na disputa pelo Palácio do Planalto. Ele chegou a dizer que antes de sua ascensão à Presidência, “o Brasil marchava para o socialismo”. A afirmação foi feita no encontro com religiosos, e também aconteceu no discurso para os militantes.

“O Brasil é uma grande nação, é um grande país, que, até pouco tempo, era roubado pela esquerdalha que estava no poder. O país não quer mais corrupção”, bradou para os apoiadores que lotavam o comício da Rua Halfeld.

Melhora da economia

O presidente também fez menção ao atual momento econômico, dando sinais de que aposta na melhora de indicadores, como visto em alguns casos recentes, e na queda dos preços dos combustíveis, como uma estratégia de campanha. Bolsonaro ainda sinalizou redução na taxa de desemprego, para 8%, já no mês de setembro.

“Nós podemos, cada vez mais, dizer que o nosso país é um país de prosperidade. Podemos comparar o nosso Brasil com outro país do mundo. Ninguém tem o que nós temos. Vocês veem o esforço do governo para que a nossa inflação diminua e para que os preços dos combustíveis também caiam”, discursou Bolsonaro.

Também durante o comício, Bolsonaro deu ênfase à pauta econômica e resgatou temas que o ajudaram a se eleger presidente em 2018, quando derrotou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). Nesse ponto, focou suas críticas a questões identitárias e ao discurso pró-aborto.

“O país que não quer o retrocesso, não quer a volta da ideologia de gênero nas escolas. Somos um país que respeita a vida desde a sua concepção, e que não quer se aliar ao comunismo de outros locais do mundo”, afirmou.

Breve discurso

O discurso de Bolsonaro foi breve e durou cerca de 11 minutos. Além do presidente, discursaram a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, muito aplaudida pelos apoiadores presentes, e o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, o general Braga Netto (PL).

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