O ministro da Economia, Paulo Guedes, enfrenta desgastes com o presidente Jair Bolsonaro e passou a ser cobrado por resultados. Alçado a superministro no começo do mandato, Guedes tem sido pressionado, desde o início deste ano, a mostrar seus feitos na economia.
Diante de um pessimismo com a redução da projeção do PIB (Produto Interno Bruto), o presidente reforçou a Guedes a necessidade de que, neste ano, a atividade econômica cresça, no mínimo, 2%. Segundo assessores presidenciais, Bolsonaro fez o pedido a Guedes em uma reunião nesta semana. Como resposta, o ministro afirmou que será possível atingir, ou até superar, o percentual.
No entanto, a resposta não tranquilizou o presidente. Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou na última segunda-feira (17) que as projeções do mercado para a economia brasileira caíram. A expectativa de crescimento passou de 2,30% para 2,23%.
A queda na projeção gerou incômodo na própria equipe econômica. Enquanto isso, apesar do surto de coronavírus na China, a Bolsa brasileira segue em alta. Neste ano, subiu 0,75% -o suficiente para manter o patamar dos 114 mil pontos. Na contramão, o dólar subiu 9,4%, o que preocupa. Nesta quinta-feira (20), fechou a R$ 4,392.
Desde o início do ano, em conversas reservadas, Bolsonaro tem demonstrado preocupação com um crescimento fraco e os indicadores econômicos neste ano.
O presidente tem ainda repetido que é a principal missão de Guedes garantir um patamar que sinalize que será possível terminar o mandato com uma recuperação sólida da economia brasileira.
Com informações da Folha de Pernambuco