Universidades baianas fazem paralisação de 24 horas

Os profissionais, juntos com estudantes, darão um ?abraço simbólico? no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) de Salvador

Em defesa dos direitos trabalhistas e da educação superior pública de qualidade, professores e servidores das quatro universidades estaduais baianas realizam paralisação de 24 horas nesta terça-feira (30).

Os profissionais, juntos com estudantes, darão um “abraço simbólico” no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) de Salvador, a partir das 8h30.

Composta por 24 campi distribuídos em todo o estado, a Uneb resolveu aderir à paralisação depois de uma assembleia geral dos professores realizada no último dia 15. Segundo os docentes, o governo estadual não tem demonstrado disposição para negociação. De acordo com a diretoria da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) existem 489 processos travados na Secretaria de Administração (Saeb) relacionados a direitos trabalhistas, como 234 progressões, 150 promoções e 105 alterações de regime de trabalho.

O sindicato ainda cita o acúmulo da inflação dos últimos dois anos. Em 2017, a reivindicação é de 30,5%, considerando a soma das perdas salariais geradas pela inflação de 2015 e 2016, além da recomposição salarial.

Bahia: universidades estaduais paralisam atividades nesta terça-feira

Nesta terça-feira (18), as universidades estaduais – Uneb, Uefs e Uesc – vão paralisar as atividades. De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), a pauta de reivindicação inclui melhoria salarial para docentes e funcionários, além da garantia dos direitos trabalhistas.

O movimento reivindica um aumento salarial de 30,5% e o repasse de 7% da Receita Líquida de Impostos para as universidades estaduais. O percentual, que atualmente chega a cerca de 5%, é um pleito antigo que se arrasta desde 2012, segundo a Aduneb.

Após acordo, ocupações de estudantes em Pernambuco não serão criminalizadas

(Foto: Ilustração)

(Foto: Ilustração)

Um acordo realizado em reunião com o Ministério Público Federal de Pernambuco (MPF-PE), nesta segunda-feira (28), estabeleceu que as ocupações realizadas por estudantes em instituições de ensino do Estado de Pernambuco não serão tratadas como crime. O documento determina que as ocupações sejam tratadas como evento político-constitucional.

A reunião contou com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Defensoria Pública da União (DPU), o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e diretores gerais do campi do IFPE na Região Metropolitana e no interior do Estado.

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Professores de 27 universidades federais aprovam greve a partir de quinta-feira

(Foto: Internet)

(Foto: Internet)

Segundo a Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), principal sindicato da categoria, professores de ao menos 27 universidades federais de Estados como Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, aprovaram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (24).

A mobilização critica a PEC do Teto de Gastos e a Medida Provisória que reforma o ensino médio, que foi proposta pelo governo Michel Temer (PMDB).

“A conjuntura política está cada vez mais acirrada, a PEC foi aprovada na câmara sem discussão nenhuma com a sociedade. Por isso, sentimos a necessidade de ampliar a mobilização contra essas medidas”, disse Eblin Farage, presidente da Andes.

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Governo deve cortar até 45% das verbas para as universidades federais

Instituição diz que "reforça o coro das instituições que lutam pela restauração e fortalecimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação/Foto:arquivo

O MEC não detalha as cifras específicas de custeio e investimento/Foto:arquivo

O governo federal prevê cortar até 45% dos recursos previstos para investimentos nas universidades federais em 2017, na comparação com o orçamento deste ano. Já o montante estimado para custeio deve ter queda de cerca de 18%. Segundo cálculos de gestores, serão cerca de R$ 350 milhões a menos em investimentos para as 63 federais – na comparação com os R$ 900 milhões previstos para o setor neste ano. As instituições já vivem grave crise financeira, com redução de programas, contratos e até dificuldades para pagar contas.

A previsão de recursos para 2017 foi publicada nesta semana no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação (MEC) que trata do orçamento. Os valores – que ainda podem passar por revisão – devem ser incorporados ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, que o Executivo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

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Professores das universidade estaduais da Bahia protestam e paralisam atividades por 24h

A paralisação nas universidades ocorrem em protesto ao “reajuste zero” do servidor público no estado e à redução no orçamento da universidades. Foto: internet

Na Bahia nesta terça-feira(24), os professores das universidades estaduais (Uneb), de Santa Cruz (Uesc) e do Sudoeste Baiano (Uesb),  insatisfeitos com a falta de reajuste nos salários e  e à redução no orçamento da universidades, resolveram paralisar suas atividades por 24h.

Em várias cidades do Estado foram feitas bloqueando pistas e usando faixas com dizeres: “Contra os ataques do governo Ruim Corta”, ironizam os manifestantes.

Segundo dados foram cortados R$ 73 milhões  do custeio e investimento das universidades estaduais desde de 2012.

Em Juazeiro, Norte da Bahia, a Uneb informou a nossa redação que houve paralisação apenas de alguns professores, a maioria compareceu ao campus e deu aula normalmente.

A única universidade que não aderiu ao protesto foi a Universidade Estadual de Feira de Santana.

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