EDITORIAL: A importância das pesquisas eleitorais no processo democrático

Waldiney Passos – Editor do Blog

Em tempos de eleições, as pesquisas eleitorais desempenham um papel crucial. Mesmo com a diversidade de resultados entre os diferentes institutos, elas são ferramentas valiosas para avaliar o sentimento da população em momentos específicos da campanha. As pesquisas não determinaram o resultado final, mas refletem a política da opinião pública, permitindo que os candidatos, partidos e eleições compreendam melhor os movimentos do eleitorado.

O debate sobre a validade e a precisão dessas pesquisas é natural, especialmente quando vemos resultados divergentes entre os institutos. Em Petrolina, por exemplo, nesta eleição, algumas pesquisas ficaram distantes do resultado oficial. No entanto, outras, como as realizadas pelo Blog Waldiney Passos, chegam muito próximos dos números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso mostra que, quando bem conduzidos, as pesquisas reveladas, com fidelidade, as tendências do eleitorado.

Querer banir as pesquisas eleitorais do processo democrático é impedir a transparência e a liberdade de informação. Elas são parte essencial da democracia, pois ajudam a monitorar as mudanças de humor do eleitorado e a ajustar estratégias políticas. Ao invés de eliminarmos a divulgação dessas pesquisas, o caminho certo é aprimorar o sistema eleitoral e garantir que as regras para sua realização e divulgação sejam melhoradas.

O que precisamos é de maior rigor na fiscalização e na supervisão das pesquisas eleitorais, para que as distorções sejam minimizadas e os resultados reflitam de forma justa e equilibrada a realidade do cenário político. Controlar melhor os critérios e os métodos utilizados pelos institutos de pesquisa é um passo importante para fortalecer a democracia.

As pesquisas são importantes em qualquer eleição e, mesmo com suas limitações, não podemos abrir mão dessa ferramenta. Elas servem como uma dinâmica da democracia, orientando tanto a população quanto os próprios candidatos. É claro que há espaço para evolução, inclusive em relação aos mecanismos que regem as pesquisas, mas eliminar sua divulgação seria uma perda irreparável.

Assim, o debate sobre as pesquisas eleitorais deve ser pautado pelo aprimoramento, pela busca por mais transparência e precisão. Elas são parte fundamental de qualquer campanha e ajudam a manter viva a dinâmica democrática.

Waldiney Passos

Pesquisas eleitorais erram previsão de votos; Paraná Pesquisas foi a que mais se aproximou da realidade

Com o final do primeiro das Eleições 2022, muito tem se falado sobre o resultado das pesquisas eleitorais. Todos os institutos que divulgaram resultados próximos do pleito erraram suas previsões. Quem mais se aproximou da realidade foi o Paraná Pesquisas.

Com 99,99% das urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 48,43% dos votos válidos, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 43,20%. Os institutos vão ter que ir pro divã porque parece que não estão conseguindo captar esse movimento da direita, principalmente no Sudeste”, avalia o cientista político Renato Dolci ao comentar essa diferença à CNN Brasil.

Confira abaixo os resultados das principais pesquisas para a Presidência na semana que antecedeu as eleições:

Alguns institutos, como Datafolha e Ipec, previram Lula com mais de 50% e mesmo com a oscilação da margem de erro, passaram longe. O cientista político Renato Dolci sugere que a divergência pode ter ocorrido por fatores de metodologia adotada pelos institutos.