Pai denuncia filho de 14 anos por participação em grupos neonazistas

Um adolescente de 14 anos foi denunciado pelo próprio pai à polícia por participação em grupos neonazistas. Bandeiras com a suástica, livros sobre nazismo e o celular do jovem foram apreendidos no começo de setembro. A família é de Vila Velha, na Grande Vitória.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil na quinta-feira (26), as investigações vão continuar para tentar descobrir se outras pessoas no Brasil estão envolvidas no mesmo esquema do jovem. Praticar, incitar ou induzir a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime pelo artigo 20 da Lei de Crimes Raciais. A pena é de reclusão de um a três anos e multa.

O adolescente está em liberdade devido ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Ministério Público deverá fazer os devidos encaminhamentos do caso.

Investigações

As investigações do caso começaram em março, após um Boletim de Ocorrência (BO) ter sido registrado pelo pai do adolescente. No BO, o homem disse ter descoberto no telefone do filho grupos que faziam referência ao nazismo e adoração a Adolf Hitler. Ele também alegou ter encontrado bandeiras com a suástica que o jovem teria comprado na internet.

O adolescente foi ouvido na delegacia. Ele afirmou que inicialmente tinha apenas interesse histórico sobre o tema, mas que começou a gostar mais dos ideais nazistas após um acontecimento na escola.

Conforme o chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, o jovem disse que começou a nutrir um sentimento de ódio contra quem não fosse branco depois de um colega negro da escola ser “preconceituoso” com pessoas brancas.

O jovem ainda relatou ter conhecido uma pessoa em uma rede social que o encaminhou para os grupos neonazistas. A maioria dos integrantes são de outros países e as conversas são realizadas em inglês e alemão.

Correio Braziliense

Monark é demitido do Flow Podcast após defender partido nazista

O apresentador Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, foi demitido do Flow Podcast nesta terça-feira (08) após defender que se crie um partido nazista no Brasil. Em comunicado divulgado hoje (08), os Estúdios Flow reforçam seu comprometimento com “a democracia e os direitos humanos”, e pede desculpas pela fala de Monark.

“Ao longo da nossa história, tratamos de tremas sensíveis e polêmicos, buscando promover conversas abertas sobre assuntos relevantes para a nossa sociedade, sem preconceito ou ideias pré-concebidas. É isso o que sempre acreditamos e defendemos”, inicia a nota.

O comunicado ainda afirma que o episódio 545, onde Monark fala sobre o nazismo, foi retirado do ar em todas as plataformas. “Comunicamos também a decisão de que, a partir deste momento, o youtuber Bruno Aiub está desligado dos Estúdios Flow”, completa.

“Esta decisão foi tomada em conformidade com o que determinam todos os preceitos de boa prática, visão e missão nos Estúdios Flow. Pedimos desculpas a todas as pessoas, em especial à comunidade judaica”, alega.

Podcast perde patrocinador após apresentador defender partido nazista no Brasil

O apresentador do Flow Podcast, Monark, afirmou defender a formalização de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira.  A declaração foi dada nesta segunda-feira (07) durante o programa, que recebeu os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).

“Eu sou mais louco do que vocês. Eu acho que tinha de ter partido nazista reconhecido pela lei”, disse Monark, que saiu em defesa do “direito” de ser antissemita. A opinião do brasileiro vai contra os princípios básicos da Constituição, como a promoção do “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.

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