Caso Miguel: Justiça aceita denúncia do MPPE contra Sarí Corte Real

(FOTO: YACY RIBEIRO/JC IMAGEM)

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MPPE) contra a primeira-dama de Tamandaré, Sarí Corte Real, envolvida na morte do menino Miguel Otávio, ocorrida em 2 de junho. Na decisão, assinada na noite dessa terça-feira (14), o juiz da 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital, José Renato Bizerra, aceitou a argumentação do MPPE, que denunciou Sarí por abandono de incapaz com resultado morte, agravado por ser crime contra criança e ocorrido durante um estado de calamidade pública.

O magistrado explica que há “indícios de autoria e materialidade do delito, conforme se extrai do caderno policial (inquérito)” que integra a denúncia do MPPE. “Ordeno a citação da acusada, com cópia da denúncia, para responder à acusação por escrito, no prazo de dez dias, onde poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo a sua intimação, quando necessário”, grafa o juiz.

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Mirtes Renata Santana de Souza, mãe do menino Miguel, trabalha como empregada doméstica, mas tem o nome na lista de pessoas que exercem cargo comissionado na prefeitura de Tamandaré, localizada 104 km do Recife (PE), onde o patrão de Mirtes, Sérgio Hacker Corte Real (PSB) é prefeito, desde 1º de fevereiro de 2017.

Os dados estão no portal da transparência da prefeitura de Tamandaré e são públicos para consulta. Ela diz que não sabia desse cargo e que exerce apenas a função de empregada doméstica na casa do patrão.

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