Justiça do Rio de Janeiro suspende posse da nova ministra do Trabalho

(Foto: internet)

A Justiça Federal do Rio suspendeu na noite desta segunda-feira (8), a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho, prevista para ocorrer nesta terça (9). A liminar foi concedida pelo juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói.

A ação foi movida por três advogados que fazem parte de um grupo que protocolou ações populares em diferentes varas da Justiça Federal do Rio com o objetivo de impedir a posse da deputada.

Eles questionam o fato de a futura ministra ter sido condenada por desrespeitar direitos trabalhistas, tema da pasta.

Em sua decisão, Couceiro afirma que impedir liminarmente a posse de Brasil, filha de Roberto Jefferson, “encontra-se justificado diante da gravidade dos fatos sob análise”. Cristiane já foi nomeada ministra.

“Em exame ainda que perfunctório, este magistrado vislumbra fragrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa, em seu artigo 37, caput, quando se pretende nomear para um cargo de tamanha magnitude, ministro do Trabalho, pessoa que já teria sido condenada em reclamações trabalhistas, condenações estas com trânsito em julgado”, afirma ele na decisão.

Cristiane Brasil foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas a um de seus ex-motoristas. Ela também fez acordo com outro profissional, pagando R$ 14 mil para evitar nova condenação.

Os dois motoristas alegaram que cumpriam jornadas superiores a 12 horas e que a deputada não pagou horas-extras, férias, 13º salário, FGTS e verba rescisórias na demissão. Cristiane Brasil disse no processo que ambos eram prestadores de serviço, sem vínculo trabalhista com ela.

Fonte: Folha de Pernambuco.

Futura ministra do Trabalho foi condenada a pagar dívida trabalhista

(Foto: internet)

A futura ministra do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ), foi condenada pela Justiça a pagar dívida trabalhista a um motorista que prestou serviço para a sua família por três anos. Ela também firmou acordo com outro profissional da mesma categoria para evitar nova sentença desfavorável.

Os dois casos foram encerrados este ano, com condenação para pagamento de, no total, R$ 74 mil. O valor refere-se a horas-extras, férias, 13º salário, FGTS, verba rescisórias não pagas e multa. O caso foi revelado pelo site “G1”.

Cristiane Brasil, que é filha do ex-deputato federal Roberto Jefferson, foi condenada na ação movida pelo motorista Fernando Fernandes Dias.

Ele afirmou à Justiça que trabalhou com a futura ministra entre novembro de 2011 e dezembro de 2014 sem anotação na carteira de trabalho. Declarou também que trabalhava 19 horas por dia cinco vezes por semana.

A deputada foi condenada à revelia porque não prestou depoimento e enviou para audiência uma preposta (representante do empregador) que não tinha pleno conhecimento dos fatos. O valor da condenação foi calculado em R$ 60,5 mil e ainda não foi totalmente pago.

Já o motorista Leonardo Eugênio de Almeida Moreira trabalhou com a família da deputada entre junho de 2014 e outubro de 2015. Ele afirma ter sido admitido sem anotação na carteira de trabalho e dispensado sem verbas rescisórias.

Moreira declarou ainda que, a partir de setembro de 2014, trabalhava das 8h às 23h de segunda-feira a quinta-feira e das 8h até 2h na sexta-feira. Aos sábados, afirma, a jornada iniciava às 13h e terminava às 4h de domingo, quando voltava a trabalhar às 13h e interrompia o expediente às 1h da madrugada de segunda-feira.

O acordo com este motorista foi fechado em R$ 14 mil, com pagamento parcelado.
Nos dois casos, a deputada alegou que os profissionais faziam um serviço “eventual” e que não eram seus empregados.

Com informações de Folhapress.