“Falta de gestão e retrato do descaso, marcas do HU de Petrolina, atualmente”, diz Maria Elena

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Na sessão desta terça-feira, 15, na Câmara de Petrolina, a vereadora Maria Elena Alencar, PSB-PE, usou a tribuna da Casa Plínio Amorim para criticar o descaso do Hospital Universitário, mantido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) que deixou um paciente, um jovem de 17 anos, morrer por falta de atendimento. Ela chamou a atenção do reitor Julianeli Tolentino pelo que chamou de falta de gestão em lidar com situações adversas quando se administra um equipamento da grandeza e importância como é o HU.

“Uma atitude infeliz de quem existe para comandar um serviço para salvar vidas. Como fechar uma emergência de um hospital referência para mais de 50 cidades de estados como PE e BA porque um médico especialista teve que se ausentar e aí a solução é deixar a população sem atendimento e pior, morrer porque não tinha quem atendesse”, questionou a socialista.

Conforme a parlamentar, isso não existe e que se fosse numa unidade de saúde privada, um plano B seria posto em prática para substituir o profissional que não pode atender. “Um plano B tem que existir. Não fechar. Já achei falta de ética profissional se ausentar durante o plantão, mas já que tinha que sair que a direção do hospital providenciasse um substituto imediato. Não fechar. Não se pode optar pelo caminho mais fácil e deixar as pessoas sem atendimento e morrendo. É crime”, atacou a vereadora .

Elena ressalta que falta de gestão, que a decisão foi infeliz e o retrato é de descaso, marcas do HU de Petrolina, atualmente. “Exigimos no alto da tribuna da Casa Plínio Amorim, respeito e providências para que mais pessoas não voltem a morrer à míngua e sim vivam com um serviço digno de saúde. Assim que tem que ser, porque os recursos vêm de impostos que pagamos e não podemos aceitar esse tipo de tratamento com os pacientes que chegam nessa unidade de saúde”, cobrou.

Vereador Pérsio Antunes requer audiência pública para discutir situação caótica do HU

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Vereador Pérsio Antunes / Foto: Waldiney Passos

A situação do Hospital Universitário (antigo Traumas), que a cada dia que passa expõe mais suas deficiências, vai ser discutida mais uma vez pela Câmara Municipal de Petrolina, pelo menos essa foi a proposta apresentada através de requerimento verbal pelo vereador Pérsio Antunes (PV).

A sugestão do edil é que primeiro seja realizada uma audiência pública e caso a Univasf, gestora do hospital, não solucione os problemas apresentados, a unidade seja então revertida para gestão do município conforme estabelece o Art 15 da Lei 1.530.

Para o vereador Ailton Guimarães (PMDB), é inadmissível que a gestão venha causar esses transtornos a população. “Até mesmo por que nós aprovamos a lei e acreditamos que o hospital venha prestar um bom serviço a nossa cidade”, afirmou.

Já o líder da bancada da situação Edinaldo lima (PMDB), disse que a discussão do problema é mais abrangente, que a sugestão simplista apenas de reversão da gestão ao município não seria suficiente, pois se trata de um hospital que atende toda a região.

Ronaldo Souza (PSL) apresentou uma Moção de Repúdio ao reitor da Univasf Julianelli Tollentino a quem disse não ter competência de gerir o hospital.

O vereador Adalberto Bruno Filho, Betão (PSL), lembrou ter apresentado no passado a sugestão de reversão do hospital e que não teve apoio dos colegas, portanto, prefere optar pela coerência e ouvir o outro lado, a reitoria da Univasf, para poder se posicionar melhor sobre o fato.

“O problema não é a gestão e sim a falta de médicos”, disse a vereadora Cristina Costa (PT) ao defender a permanência na região dos médicos formados na Univasf. Ele exemplificou citando o caso de um jovem que sofreu um acidente na estrada do N4 e que estaria sem atendimento adequado em um hospital particular da cidade justamente devido a falta de médicos.

Para a vereadora Maria Elena (PSB) a diretoria do hospital pecou ao optar pela forma mais fácil, porém errada, de fechar as portas ao invés de procurar substituir o cirurgião que alagou problemas familiares para se ausentar do plantão .

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