Há 4 dias de completar 1 ano da morte da pequena Beatriz Angélica Mota, assassinada de forma brutal, nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, no dia 10 de dezembro de 2015, além das cobranças à justiça por não ter elucidado o crime, uma nova polêmica envolve o caso.
Pela segunda vez o médico e ex-prefeito de Petrolina Augusto Coelho, colocou panos quentes na discussão ao fazer declarações a rádio Petrolina FM.
Em nota postada neste Blog no mês de junho, Dr. Augusto afirmou que o Colégio Maria Auxiliadora estava sendo vítima de uma campanha insidiosa e injusta, e questionou por que a manifestação vai para a frente do Colégio e não para a frente da Delegacia de Polícia?
Desta vez não foi diferente ao sugerir a criação de uma pauta positiva sobre o caso, mesmo questionando a eficiência dos órgãos responsáveis pela investigação, o médico ratificou sua solidariedade ao colégio reafirmando que a instituição continua sendo sendo vítima de injúrias.
“A dor da família é insuperável, mas isso não justifica que o colégio seja injuriado dessa maneira. A criança estava em uma festa, os pais estavam presentes, então a responsabilidade não é somente da escola. Foi um ano de massacre da opinião pública com comentários inconsistentes”, salientou, acrescentando que a campanha de divulgação dos 10 cards elencando as pistas sobre o crime é injusta. “Se esse crime é indissolúvel não vamos ficar jogando pedras, liberem a quadra do colégio, isso não é justiça e sim injustiça, esse assunto já cansou a beleza das pessoas”, alfinetou.
Nota de repúdio da família de Beatriz
As declarações de Dr. Augusto Coelho, foram refutadas pelos pais de Beatriz, que repudiaram a atitude do ex-prefeito emitindo a seguinte nota:
“Queremos manifestar a nossa indignação e repúdio com a infeliz declaração feita na manhã de hoje no programa Edenelvaldo Alves, Emissora Petrolina FM, pelo senhor Augusto Coelho. É grande e profunda a nossa dor, tristeza e saudade, e ouvir tais declarações, nos trás ainda mais SOFRIMENTO.
Como pode alguém ocupar espaço midiático para defender interesses econômicos de uma instituição particular, ignorando completamente a dor de uma FAMÍLIA que perdeu a sua filha de forma brutal?
Como colocar uma pedra em cima do caso?
O senhor esqueceria uma filha? Ou a indiferença desumana é por se tratar do filho dos outros?
Senhor Augusto Coelho, nos diga como podemos virar esta página e esquecer de nossa princesa, e deste crime ocorrido dentro da quadra da escola em que confiávamos?
Como a nossa comunidade pode esquecer desse crime se ainda tem um ou mais assassinos soltos podendo fazer a qualquer momento outras vítimas?
O que o senhor tem a dizer da INDIFERENÇA DA ESCOLA, que demonstrou preocupação exclusiva com a retomada das atividades dias após o ocorrido, como se fosse um caso banal a ficar apenas nas estatísticas?
É de causar PROFUNDA INDIGNAÇÃO senhor Augusto Coelho, que alguém que tenha ocupado cargos eletivos, venha a público defender a IMPUNIDADE.
Defender o fim da apuração sem que os culpados sejam apresentados?
Por quê?
Qual o seu interesse no ENCERRAMENTO das investigações?
O senhor sabe de algo que a nossa comunidade ainda não sabe?
Toda sociedade, assim como nós, quer que o crime seja desvendado e o que esperávamos, no mínimo, seria o seu apoio e solidariedade.
Em relação a nossa campanha em busca de justiça, que o senhor afirma ser injusta e estaria denegrindo a IMAGEM DO COLÉGIO, nós reafirmamos que tal imagem já foi manchada pelo crime ocorrido em seu interior e a negligência que levou a tal ocorrido.
Encerramos senhor Augusto Coelho, dizendo que nós gostaríamos de colocar uma pedra em cima da indiferença e virar a página da estupidez humana.
Sandro Romilton & Lucinha Mota
(PAIS DE BEATRIZ ANGÉLICA)