A ação penal contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por contas bancárias não declaradas na Suíça será enfim remetida do STF (Supremo Tribunal Federal) ao juiz Sérgio Moro, do Paraná. A providência será tomada vinte dias depois de o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki ter tomado a decisão de encaminhar o processo para a Justiça Federal no Estado.
Com a cassação, Cunha perdeu direito ao foro privilegiado, ou seja, ao direito de ser julgado pelo Supremo. Em 14 de setembro, dois dias depois da perda do mandato, Teori autorizou a remessa para Moro da ação penal em que Cunha é acusado de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro por manter contas na Suíça com dinheiro oriundo de uma suposta operação envolvendo negócios da Petrobras na África.
No entanto, o envio do caso para o juiz só teria efeito após a publicação da decisão do plenário da Corte que recebeu a denúncia contra Cunha, o que só aconteceu agora.
No domingo (2), ao votar no Rio de Janeiro, Cunha afirmou que o processo de cassação contra ele “não está sepultado” e garantiu que entrará com algumas ações no Supremo Tribunal Federal (STF). “Até a próxima eleição, ainda tem muita água para rolar”.
Fonte Folha de São Paulo