“Se for para realmente contribuir não vamos nos opor”, afirma Paulo Câmara sobre federalização do Caso Beatriz

São seis anos sem resposta sobre a morte de Beatriz Angélica Mota (Foto: Blog Waldiney Passos)

“Se for para realmente contribuir não vamos nos opor.” A afirmação é do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) sobre o pedido de federalização do Caso Beatriz. Nesta terça-feira (28), o Jornal do Commercio publicou uma matéria com o gestor estadual, que pela primeira vez reconheceu o trabalho abaixo do esperado por parte da Polícia Civil.

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O JC lembrou da demora na elucidação do caso. Beatriz Angélica Mota foi morta com mais de 40 facadas em 2015, durante uma festa no Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora. Desde então, oito delegados passaram pelas investigações e ninguém foi preso.

“A gente sempre esteve muito atento a este caso da Beatriz, inclusive eu estive com a mãe dela aqui no Palácio (do Campo das Princesas) e em outras oportunidades em Petrolina, mais de uma vez. Desde o início, nós solicitamos uma apuração rigorosa com relação a isso. Infelizmente o trabalho da polícia não atingiu o êxito que nós gostaríamos de ter atingido, que era justamente chegar a autoria e a responsabilidade. Mas estamos à disposição como sempre estivemos“, disse o governador.

Protesto dos pais de Beatriz

Diante da demora por punição aos envolvidos, Sandro Romilton e Lucinha Mota iniciaram uma caminhada de Petrolina até Recife. O percurso será concluído nesta manhã. E os pais de Beatriz vão reforçar o pedido de federalização, pois não confiam na capacidade da PC-PE.

“Essa questão da federação nunca foi um tabu para Pernambuco. Outros casos de repercussões foram federalizados. Inclusive, a sua grande maioria chega aos mesmos resultados da nossa polícia. Mas se for para realmente contribuir não vamos nos opor. Esse assunto da federação já tinha chegado a nós. Agora, nós temos que respeitar os ritos e a legislação. Não podemos fazer mais ou além do que esteja dentro das nossas possibilidades. E a polícia entendeu que produziu o que poderia se produzir até hoje, em termos de resultados. Agora qualquer fato novo, qualquer ação que possa ser inserida, nós vamos ser os primeiros a querer que isso seja apurado. Nós queremos também, tanto quanto a mãe, que isso seja apurado, porque é o conforto que ela está esperando e realmente diante de uma perda que não tem volta. A questão da autoria e da prisão é o que a mãe tem dito, que é o grande objetivo dela. Sempre que houver um fato novo e relevante nós vamos utilizar forças para tentar de todas as formas chegar a uma resultado final desse processo”, destacou Câmara.

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