Sancionada por Lula, ozonioterapia traz riscos para os pacientes e não é reconhecida pelo CFM

Diante da sanção da lei que autoriza a ozonioterapia em território nacional, despontam muitos posicionamentos contrários, de diversas entidades médicas do Brasil. O argumento é que faltam evidências científicas para o uso terapêutico da ozonioterapia. E essas alegações fazem sentido.

Essa discussão ganhou mais evidência no primeiro ano da pandemia de covid-19, quando veio à tona a possível aplicação da ozonioterapia no combate à infecção pelo coronavírus.

Naquela época, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já esclarecia que a ozonioterapia não é reconhecida para o tratamento da covid-19, nem de qualquer outra enfermidade. A ozonioterapia emprega ozônio como agente terapêutico.

O debate sobre o uso médico da ozonioterapia é permeado de críticas no Brasil nos últimos anos. Isso porque autorizar a aplicação do procedimento, sem ter certeza da eficácia e segurança, coloca a saúde dos pacientes em risco, o que inclui retardo do início de tratamentos eficazes e avanço de doenças.

Para a Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, “o ozônio é um gás tóxico sem nenhuma aplicação médica conhecida como terapia específica, adjuvante ou preventiva”. Essa definição está num parecer da FDA atualizado em junho deste ano.

“Para o ozônio ser efetivo como um germicida, ele deve estar presente em uma concentração muito maior do que aquela que pode ser tolerada com segurança por seres humanos ou animais”, adverte o documento do FDA.

O CFM entende que se trata de procedimento ainda em caráter experimental e que, no tratamento de doenças, não oferece aos médicos e pacientes a certeza de que é uma terapia eficaz e segura.

Fonte JC PE

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