Refletindo o dia das Mães

Se é verdade, consoante o senso comum, “de que não basta ser pai, tem de participar”, ou ainda de que “pai é quem cria”, em relação à maternidade, prevalece à sabedoria popular de que “ser mãe é padecer no paraíso”. A aparente contradição encerrada no próprio sentido dessa assertiva, afinal como é possível alguém padecer, sofrer muito, estando no Paraíso, no Éden, sintetiza à complexidade da missão de ser mãe.

Primeira e maior educadora de todos nós, maior exemplo da generosidade da alma humana, símbolo da virtude platônica do Bem Supremo, modelo feminino admirado por todos, pessoa mais lembrada nos momentos de maiores derrotas ou de maiores vitórias, o coração mais repleto de perdão que alguém pode encontrar, enfim, a mãe é o ser humano mais próximo do Amor de Deus. Esta é a parte do Paraíso.

Ocorre que a maternidade não exclui à mulher da sua condição humana, limitada, imperfeita, mesquinha e, portanto, impregnada também dos erros, ambições e pecados inerentes a todos seres humanos. Esta é a parte do padecimento.

Como conciliar ambas? Só quem é mãe pode saber a solução deste mistério, à superação desse paradoxo do espírito: o de ser tão superior que a aproxima do Criador e, ao mesmo tempo, o de ser tão comum que lhe permite amar desesperadamente aqueles que tem como filhos.

A todas às Mães, de todos os tempos, de todos os países, presentes fisicamente ou in memoriam, o reconhecimento da Divindade da sua Missão!

Profa Dra Rita Cristiane  Ramacciotti Gusmão Soares

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