MPPE deflagra Operação Sertão Branco contra sonegação fiscal no setor gesseiro no sertão do Araripe

(Foto: Internet)

Na manhã desta quarta-feira (30), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou a Operação Sertão Branco, ação de repressão qualificada no Sertão do Araripe com o objetivo de combater crimes de sonegação fiscal, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações focam em um grupo empresarial do setor gesseiro e apontam prejuízos superiores a R$ 40 milhões ao Estado de Pernambuco.

A operação conta com o apoio do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de Pernambuco (CIRA) e inclui a participação da Diretoria de Operações da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Procuradoria Geral do Estado (PGE-PE), Secretaria de Defesa Social (por meio das Polícias Civil e Militar), além dos Grupos de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) de Minas Gerais e São Paulo. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Pernambuco e em outros dois estados.

As investigações, conduzidas pelo Núcleo Integrado de Combate à Sonegação Fiscal do Gaeco do MPPE, revelam uma atuação sistemática de sonegação de impostos por meio do uso de “laranjas” para proteger os beneficiários reais, entre outras práticas ilícitas.

Dados indicam movimentações de produtos superiores ao volume oficialmente declarado, sugerindo uma sonegação fiscal ainda maior do que a apurada até o momento pela Sefaz.

A decisão do Juízo da Comarca de Ipubi autorizou a realização de buscas em vários endereços, o sequestro de bens e o afastamento do sigilo de dados em dispositivos eletrônicos dos investigados.

A sonegação em grande escala não apenas desvia recursos que poderiam ser destinados a serviços essenciais, como saúde e educação, mas também causa prejuízo ao mercado, criando uma vantagem desleal sobre empreendedores que seguem a legislação.

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