Juíza responsável pelo Caso Beatriz solicita informações sobre suspeita de pagamento de propina a perito criminal para fraudar laudo

(Foto: Blog Waldiney Passos)

A juíza Elane Brandão, responsável pelo Caso Beatriz, solicitou informações à chefia da Polícia Civil de Pernambuco sobre a suspeita de que um perito criminal teria recebido propina para falsificar um laudo e assim favorecer o Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, local do crime.

O pedido levou em consideração um relatório da Polícia Federal (PF), sobre a Operação Metástase, deflagrada em abril deste ano, que prendeu integrantes de uma milícia no interior de Pernambuco. A operação da PF não tem relação com o Caso Beatriz, mas as informações chegaram ao conhecimento dos agentes federais, que repassaram ao Fórum de Petrolina.

O relatório da PF mencionou que “obtivemos a informação de que Gilmário teria recebido a quantia de R$ 1.500.000,00 (um milhão e meio de reais) para falsificar uma das perícias do Caso Beatriz, que comprometia a instituição de ensino em que a mesma foi assassinada. Esse fato foi revelado pela delegada da Polícia Civil, Poliana Nery, lotada atualmente na Delegacia de Pesqueira”.

Ontem (20), a juíza Brandão pediu que em até 10 dias a PC apresente informações  “a respeito da existência de instauração de procedimento disciplinar ou inquisitorial em que se investiga possível recebimento de propina para falsificação de laudo pericial por parte do perito Gilmário dos Anjos”.

Outro lado

As informações foram divulgadas pelo Jornal do Commercio, que procurou a delegada Nery, o inspetor e o colégio. A delegada afirmou não ter conhecimento dessa investigação que aponta um suposto recebimento de propina por parte do perito.

Já o perito criminal negou as acusações. “Não respondo a nenhum procedimento disciplinar e não estou na condição de indiciado em inquéritos estaduais e federal. Com relação ao despacho expedido pela MM juíza, espero que, ao final do prazo estabelecido, as diligências sejam concluídas e que esse fato seja esclarecido“, disse. O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora foi procurado, mas não se pronunciou sobre o caso.

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