Com a forte possibilidade de que os policiais e bombeiros militares decidam pela deflagração de uma greve, na tarde desta quarta-feira (27), o Governo do Estado já estuda medidas judiciais para barrar a paralisação. Adotando a mesma estratégia em relação à Polícia Civil, em fevereiro deste ano, será solicitada à Justiça que a greve da Polícia Militar seja considerada ilegal e que os servidores sejam obrigados a voltar às ruas, sob pena de multa diária.
A principal reivindicação da categoria é quanto ao reajuste salarial de 16,5%, com base na inflação de 2014 e 2015. No entanto, o pleito não será atendido pelo Estado – sob o argumento de crise financeira nos cofres públicos. A partir das 14h, acontece mais uma rodada de negociações entre representantes das associações de militares e com o Governo do Estado. Deputados estaduais também devem estar presentes.
É possível que outros benefícios à categoria sejam apresentados como forma de acalmar os ânimos e evitar a greve. Mas ainda é difícil prever se os militares vão aceitar, porque a insatisfação da categoria vem atingindo patamares alarmantes – não só pelos salários, mas também pela falta de condições básicas de trabalho.
A outra estratégia adotada pelo Governo em caso de greve, é ter o apoio da Força Nacional. Com o Exército nas ruas, o clima de insegurança, além dos arrastões e saques a estabelecimentos comerciais, como os registrados na greve de maio de 2014, pode ser contido. O governador Paulo Câmara já teria solicitado o apoio – repetindo medida adotada pelo ex-governador João Lyra Neto. Em reunião na Secretaria de Defesa Social (SDS), nessa segunda-feira (25), comandantes dos batalhões da Polícia Militar foram orientados a conversar com os militares e pedir apoio neste momento de crise para que a greve não seja aprovada.
Decisão
A partir das 14h, policiais e bombeiros militares estarão concentrados em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco. De lá, seguem em passeata até o Palácio do Campo das Princesas, onde podem decidir pela greve caso as reivindicações não sejam aceitas ao menos parcialmente.
Com informações JC Online