A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) foi alvo, nesta quarta-feira (11), da “Operação Mapa da Mina”, da Polícia Federal, que apura desvios de recursos da 3ª Superintendência Regional da Codevasf, cuja sede é em Petrolina. Segundo a PF, criminosos utilizavam cinco casas lotéricas para “lavar” recursos públicos.
Esses desvios eram feitos da seguinte forma. Os contratos investigados foram firmados com uma empresa de segurança privada chamada Alforge. Ao longo dos anos, ela teria se beneficiado com o direcionamento das licitações. A Alforge pertence a um policial militar.
Segundo os investigadores, a ação de ontem é um desdobramento da Operação Decimus, deflagrada pela Polícia Federal em abril de 2018, cuja finalidade foi apurar crimes de uso de documentos ideologicamente falsos por parte dos responsáveis por um grupo de empresas de segurança e vigilância patrimonial.
Citada na investigação a 3ª Superintendência Regional da Codevasf, com sede é em Petrolina, enviou a seguinte nota:
“A CODEVASF esclarece que a empresa ALFORGE SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA foi contratada em 25/04/2014, após sagrar-se vencedora do Pregão Eletrônico nº 001/2014.
Referido contrato foi rescindido em atendimento a decisão judicial proferida pela 8ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, transitada em julgado em 30/06/2015, que não apontou qualquer prejuízo ao Erário ou conduta ilícita dos empregados e gestores dessa empresa pública federal.
A CODEVASF ressalta que todos os seus atos foram públicos, que a contratação da empresa ALFORGE SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA foi fundamentada no menor preço por ela ofertado no certame, que a integra do processo de contratação foi exibida em juízo e disponibilizada à CGU e que está a colaborando com autoridades competentes para prestar os esclarecimentos necessários.”