Censo do IBGE: municípios baianos preveem demissões de servidores com perda de recursos

O risco de perder recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) também assusta as cidades baianas. Na sexta-feira (6), a União dos Municípios da Bahia (UPB) realizou uma reunião virtual e presencial os prefeitos, para discutir as consequências provocadas pelos dados preliminares do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos cálculos iniciais, Camacan, no Sul do Estado, deixaria de receber cerca de R$ 10,5 milhões por ano, R$ 900 mil por mês. Caso isso se concretize, a Prefeitura estima demitir cerca de 400 servidores, para enxugar a máquina pública e guardar recursos.

Números discrepantes no Norte

No Norte, Mundo Novo teve queda de quase sete mil habitantes e poderá perder R$ 7 milhões por ano de recursos do FPM. O prefeito Dr. Adriano (PSB) criticou a forma de trabalho os recenseadores do IBGE. “Nosso número de eleitores cresceu, o número de nascidos vivos, número de alunos matriculados cresceu. (…) Nós não temos 100% de cobertura dos agentes de saúde, mas mesmo com uma deficiência, nós conseguimos cadastrar no Sistema Únicos de Saúde 23.700 pessoas. Como é que agora Mundo Novo fica só com 20 mil pessoas, onde, em uma área que não está totalmente coberta já tem quase 24mil pessoas?”, questiona.

Em um levantamento interno, a UPB estima que 101 prefeituras serão afetadas pelos dados do IBGE. E a maioria já ingressou com ações na Justiça Federal requerendo manutenção do valor do recurso do Fundo até finalização da Censo e sua revisão.

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