O Brasil caminha para um cenário crítico, podendo dobar os números de desastres climáticos anuais nos últimos quatro anos, quando comparados ao registros das duas décadas anteriores, segundo estudos científicos.
Segundo relatório elaborado pela Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica com apoio do governo brasileiro e da Unesco. “Os desastres climáticos têm se tornado mais frequentes e intensos nas últimas décadas, refletindo os impactos das mudanças climáticas.
Um estudo realizado pelo braço de pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) divulgado nesta sexta-feira, 27, mostra que, entre 2020 e 2023, os dados oficiais mostram um média de 4077 desastres anuais relacionados ao clima no Brasil. Este número é quase o dobro dos 2037 desastres registrados em média das duas décadas de 2000 a 2019. O relatório caracteriza essa situação como um “cenário alarmante”
Os desastres incluem secas, enchentes, temperaturas extremas, deslizamentos de terra, tempestades violentas e ciclones. Somado a isso, o estudo mostrou uma relação entre estes desastres climáticos e o aquecimento da superfície oceânica. Ainda também se nota que as secas e as enchentes recordistas no Brasil em 2024 agregam aos desafios climáticos que o país enfrentam.
“Os prejuízos econômicos causados por desastres climáticos no Brasil tem aumentado significativamente ao longo das ultimas décadas, refletindo os impactos crescentes das mudanças do clima”, mostra o estudo. No Brasil, os custos desses danos de 1995 até 2023 é estimado em R$547,2 bilhões. Ainda foi destacado por pesquisadores a “urgência de medidas para mitigar os impactos das mudanças climáticas e aumentar a resiliência socioeconômica no país”
A Tarde