No primeiro, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), existem 281 postulantes, o que representa 18,73 para cada uma das 15 vagas. Em Jaboatão, há mais candidatos (492), mas também é maior o número de vagas (27). A média é quase a mesma: 18,22 nomes para cada cadeira.
No Cabo, o clima é um pouco menos acirrado. São 374 concorrentes para 21 vagas, uma média de 17,81. O Recife aparece em 10º lugar entre as cidades onde os candidatos vão precisar trabalhar mais para se reeleger ou conquistar um mandato.
Com o agravante de que, de acordo com o último censo realizado pelo IBGE, houve redução do número de habitantes. Como o número de representantes no Legislativo varia de acordo com a população, a capital perdeu duas vagas, caindo de 39 para 37 cadeiras.
O cientista político Isaac Luna lembra que a situação poderia ser ainda mais difícil. Mas nos últimos anos dois fatores ajudaram a reduzir o número de candidaturas. O primeiro foi a Lei nº 14.211/21, que limitou em 100% mais um o número de vagas por partidos. Antes era de 150%.
“Essa mudança impactou bastante na quantidade de candidaturas.” Outro fator, destaca Luna, é a formação das federações. “Elas atuam como um partido. Como as três federações existentes congregam sete legendas, temos quatro partidos a menos”, contabiliza. .As federações reúnem: PT, PV e PCdoB; PSOL e Rede; Cidadania e PSDB.
O professor avalia como positiva essa redução, acrescentando que com ela são menores as chances de candidaturas meramente ilustrativas. Em 2020, por exemplo, Recife registrou mais de 900 nomes para a Casa de José Mariano. Este ano são 515.
Folha PE