Brasileiro vai ao banco no primeiro trimestre e toma quase R$ 110 bilhões emprestados no crédito pessoal

No primeiro trimestre do ano, os brasileiros tomaram quase R$110 bilhões (R$109,7 bilhões), emprestado num movimento liderado pelo crédito pessoal (R$51,6 bilhões) e o crédito consignado do INSS com R$29 bilhões. O movimento coincide com um recorde de saques na caderneta de poupança, que no trimestre perdeu R$22,6 bilhões comparando saques x depósitos.

O crescimento dos empréstimos também revela que os bancos estão emprestando mais, embora as taxas de juros continuem altas. Também acontece depois de uma maratona de negociações que conforme dados da Febraban chegaram a R$24,2 bilhões em volume financeiro, exclusivamente pela Faixa 2, em que os débitos foram negociados diretamente com a instituição credora.

Desenrola bancos

Foram 2,7 milhões de correntistas donos de 2,3 milhões de contratos celebrados através do Desenrola onde as instituições bancárias foram as empresas que mais fizeram negociações diretas com seus clientes.

Apesar deste aumento na oferta de crédito é importante observar uma vertente preocupante nas relações dos clientes com seu banco e especialmente com a administradora de cartão de crédito.

De janeiro a março, o total de dívidas roladas no cartão de crédito rotativo chegou a R$91.7 bilhões. Esse valor, por exemplo, é mais que o dobro das compras no crédito parcelado (R$38,8 bilhões) e o dobro das operações de financiamento de veículos, que somaram R$46.9 bilhões.

Mais crédito

No primeiro trimestre, os brasileiros tomaram R$650,4 bilhões em crédito, dos quais R$118,3 bilhões apenas no cheque especial. No primeiro trimestre de 2024 quando os bancos foram mais restritivos as operações de crédito chegaram apenas a R$586,1 bilhões. E mesmo com a redução na taxa Selic a taxa média do trimestre não houve na média redução na ponta com a taxa média da pessoa física ficando em 41,7% contra 42,3% em 2023.

O fato novo no primeiro trimestre segundo os primeiros balanços de 2024 é que houve uma redução nas taxas de inadimplência. Não é nada de especial já que caíram de 3,8% em 20243 para 3,4% este ano de janeiro a março. Entretanto a realidade é que apesar dos diversos feirões limpa nome e do Desenrola a verdade é que o Brasil não consegue baixar do número de mais de 70 milhões de pessoas com os CPFs no Serasa e no SPC Brasil

JC Online

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