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O Brasil caminha para atingir um novo recorde na produção de grãos, com estimativa de 336,1 milhões de toneladas a serem colhidas na safra 2024/25.
A projeção, divulgada nesta quinta-feira (12) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), representa um aumento de 38,6 milhões de toneladas, o equivalente a 13% a mais em relação à safra anterior.
Segundo o 9º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, o bom desempenho é atribuído à produtividade média de 4.108 quilos por hectare, associada a um aumento de 2,3% na área cultivada, que chega a 81,8 milhões de hectares.
Entre os destaques está o milho, cuja produção total pode atingir 128,3 milhões de toneladas. A segunda safra do cereal, que já começou a ser colhida em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Paraná, deve alcançar 101 milhões de toneladas — um avanço de 12,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. O desempenho é atribuído ao clima favorável e ao manejo eficiente nas lavouras.
A produção de algodão também se destaca, com estimativa de 3,9 milhões de toneladas — aumento de 5,7% em relação à safra 2023/24. Apesar das chuvas irregulares, a área cultivada cresceu 7,1%, o que sustenta o desenvolvimento das lavouras mesmo com uma produtividade um pouco inferior à registrada anteriormente.
O arroz, essencial para o consumo interno, deve alcançar 12,15 milhões de toneladas, representando um crescimento de 14,9%. A colheita já está praticamente concluída. Já o feijão, cultivado em três etapas durante o ano, tem produção estimada em 3,17 milhões de toneladas. A primeira safra já foi colhida, com 1,1 milhão de toneladas, enquanto a segunda está em curso em estados como Paraná e Minas Gerais. A terceira fase ainda está em plantio.
A soja, cuja colheita já foi finalizada, deverá fechar a safra com 169,6 milhões de toneladas, 21,9 milhões a mais do que no ciclo anterior — também um recorde histórico. A Conab atribui esse desempenho ao uso crescente de tecnologias no campo e às boas condições climáticas em grande parte das regiões produtoras.